Em seu esforço de criar um novo homem, tudo o que a modernidade conseguiu foi inventar jovens sem heroísmo e sem coragem; velhos sem sabedoria e sem maturidade; mulheres sem caridade, sem beleza e sem graciosidade; e homens sem virilidade, sem honra e sem senso de dever.
Os modernos criaram, em suma, uma vida sem vitalidade e sem propósito, produzindo uma sociedade adoentada e incapaz de transcender o animalismo sensorial mais rasteiro.
Se nascemos nesta época de degeneração e decadência, no entanto, não nos cabe lamentar ou nos refugiar em algum tipo de saudosismo lamurioso, mas sim agir e viver como quem compreende que a grandeza da civilização tem muito menos a ver com as riquezas que ela legou aos nossos antepassados do que com os esforços que nossos antepassados fizeram para enriquecê-la — se algum dia nossa decadência for revertida, certamente não será pela ação de políticos ou de instituições, mas pela virtude das personalidades e pela revigoração das famílias, por meio da grandeza do coração materno, do vigor da honra paterna e da exuberância do espanto juvenil.
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