Marighella real:



“Estela Borges Morato (1947-1969) foi talvez uma das primeiras mulheres concursadas a ingressar no serviço público brasileiro. Durante uma emboscada para prender o subversivo Marighella – na Alameda Casa Branca, próximo ao Centro da capital paulista –, o delegado Fleury deu a voz de prisão ao terrorista Marighella, porém este "heróico" guerrilheiro tentou se esconder atrás de um fusca e seus dois capangas reagiram e alvejaram os agentes do DOPS de São Paulo, inclusive a jovem moça de 22 anos.

Estela veio a falecer dois dias depois, em razão de um tiro na testa. Durante o tiroteio, foi também vitimado o dentista Friederich Adolf Rohmann, que estava dirigindo e nada tinha a ver com a história.

É este Marighella – um psicopata ensandencido cuja "Aliança Libertadora Nacional" (que dois meses antes havia sequestrado o embaixador norte-americano Charles Elbrick) não teve receio de atirar numa mulher – que o Wagner Moura pretende homenagear. Depois não entendem por que o Brasil virou uma algazarra sanguinolenta, com uma guerra civil que se alastra há mais de vinte anos, tomando anualmente a vida de 70 mil. Numa nação onde a elite idolatra tipos como Marighella e esquecem o senso patriótico e a coragem de Estela, é natural que a vida humana já não valha nada.”

Jota Oliveira via Amanda Kelly.

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