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Aurélio Schommer |
Por opinião publicada, entenda-se a mídia e postagens em redes sociais. Por opinião pública, likes e deslikes em parte, mas principalmente aquela silenciosa.
Por muito tempo, até 1990 pelo menos e a partir do pós-guerra, havia um oligopólio da opinião publicada, o que acabava domando o bicho reclamante que há em cada leitor, ouvinte, telespectador. Não por acaso, a pauta de centro de quase todo oligopólio acabava levando a resultados eleitorais moderados e a uma opinião pública que só era consultada nas eleições, de forma anônima. O bicho reclamante que via três novelas + o JN por dia, pela passividade, virava um bicho ruminante (bovino).
Quanto a minha opinião, concluí que só vale a pena expressá-la se ela tiver chance de, ainda que minimamente, influenciar a opinião pública. Também não publico confrontações à opinião pública ou publicada no que é anódino ou no que a opinião pública irá quebrar a cara logo ali na frente, alertá-la costuma ser contraproducente.
Ultimamente, o bicho reclamante (que pode ser de direita ou esquerda, sensato ou idiota) tomou conta da opinião publicada (na mídia e nas redes sociais). De modo que me sinto pouco estimulado a reclamar também, tanto menos quando sinto que em muitos aspectos a opinião pública está se saindo melhor do que a opinião publicada.
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