O establishment midiático e os anti-frágeis:

Filipe G. Martins
Basta ligar a TV, ou abrir um jornal, para encontrar um punhado de exemplos que ilustram com perfeição a dificuldade quase intransponível que o establishment enfrenta para aprender com a realidade e dela extrair qualquer coisa que não seja desprezo aos anseios populares.

Talvez um dos exemplos mais emblemáticos disso seja a postura que a mídia adotou, e segue adotando, após a vitória eleitoral arrasadora do Presidente Jair Bolsonaro.

O establishment midiático, que nunca escondeu sua intenção de empurrar candidatos da esquerda ou do "centrão" goela abaixo dos brasileiros, ainda não compreendeu por que seus esforços e apelos foram ignorados, nem por que o povo escolheu o candidato que a mídia mais odiava e mais odeia.

Na cabeça dos jornalistas, os candidatos deles perderam porque eles não fizeram o suficiente para rotular, ofender e acusar Bolsonaro e seus apoiadores, quando a verdade é que perderam justamente por abusar desse expediente, extrapolando todos os limites da verossimilhança.

Como são incapazes de apreender esse fato simples, os donos do poder têm optado por dobrar a aposta e, em vez de fazer um mea culpa e tentar sair da bolha, optaram por investir ainda mais na adjetivação e na mentira, inventando um tal bolsonarismo, suposta ameaça à democracia.

Fazem isso na esperança de que essa estratégia lhes dê a vitória nas próximas batalhas, mas, como cada nova tensão entre a velha e a nova política tem demonstrado, o feitiço foi quebrado e essa estratégia agora só funciona com pessoas fracas, dotadas de personalidades frágeis.


Diferente das vozes cínicas do establishment, que vêem como inevitáveis as práticas que levaram os últimos presidentes brasileiros à desgraça, o homem comum entende que não falta vontade política ao Presidente, mas sim compromisso com o interesse público aos seus opositores.

Diferente das vozes cínicas do establishment, que tratam como fatal o toma-lá-dá-cá e louvam os que sabem operá-lo como políticos virtuosos, o homem comum sabe que votou em Bolsonaro para superar não apenas a crise econômica (prioritária e de suma importância), mas também a crise moral que flagela nossa nação.

Diferentemente das vozes cínicas do establishment, o povo não aceita que joguem a ele algumas migalhas em troca de sua consciência, pois sabe que sacrificar sua honra e sua honestidade em troca de mais do mesmo é submeter-se à opção abjeta por tudo o que nos trouxe até aqui.

Diante disso, não é otimismo esperar outras vitórias do homem comum contra os esquemas espúrios e imorais que o establishment deseja nos impor como inevitáveis: basta que quem foi escolhido líder pelo povo exponha a podridão do sistema e peça mais engajamento popular.

Deus Audaces Sequitur. (Deus acompanha os audazes)


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