Lucília Coutinho |
Toda a mídia informa que a FIESP homenageou a China pelo aniversário de 70 anos da revolução comunista.
Diz a Folha de São Paulo:
"A Fiesp recebe rotineiramente solicitações de países para exibir suas bandeiras em datas comemorativas e que atende a todos os pedidos, mediante autorização da Prefeitura de São Paulo, que restringe a divulgação de imagens dentro da Lei Cidade Limpa.
Além da China, a Fiesp também projetou recentemente as bandeiras do Uruguai (comemoração da independência), Japão (110 anos da imigração japonesa no Brasil), Itália (proclamação da república italiana), entre outros."
Sites de extrema esquerda como a Revista Fórum e Brasil 247 destacam o fato de a instituição ter exibido a bandeira do Brasil quando do impeachment de Dilma e o pato representando o pagador de impostos, mas não informam que é corriqueira a homenagem a qualquer país, como dito acima, apenas se regozijam com o vermelho do sangue derramado na revolução.
A China é o maior comprador do Brasil, a quem chamam de parceiro comercial, com 28% das vendas externas do país, embora compre principalmente commodities: soja, minério de ferro e petróleo. Sem industrialização, sempre seremos reféns, embora precisem de nossa soja para alimentar 1 bilhão de pessoas.
O empresariado nacional não se preocupa com o sistema de nenhuma liberdade da China, a mentalidade liberal é incapaz de compreender que, por mais haja diversificação nas empresas chinesas, elas têm apenas um dono: o partido comunista chinês, o príncipe, em sentido gramsciano, da revolução.
O comércio é fundamental para a riqueza dos países, por isso o Ocidente faz vista grossa para a ausência de liberdade na controladíssima sociedade chinesa, para as denúncias de escravidão aliada à pirataria que quebram indústrias em países sufocados em impostos como o Brasil, numa concorrência desleal. O resultado é que os Leviathans ganham, pessoas perdem. Nada mais natural que metacapitalistas defendam o modelo, já que dele se alimentam em proteção mútua com os estados enquanto esmagam iniciativas individuais.
O socialismo light visto na moderna Pequim é apenas o protetor de tela que oculta não a mão invisível do mercado, mas a mão visível do estado.
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