Minha admiração pelo conhecimento:

O filme Os deuses devem estar loucos, de 1981, e suas continuações  (Os deuses devem estar loucos 2 e imitações chinesas) da película de mesmo nome, trouxeram o humor com as coisas simples e também uma certa lição sobre o contato entre povos de conhecimento limitado e os outros com maior saber (favor não cair mais na armadilha enviesada de "saberes diferentes válidos" como se todos fossem igualmente amplos e aceitáveis - o senso das proporções). O namibiano N'xau, no papel do bosquímano Xi (o da imagem), recebe um presente inusitado dos "deuses", uma garrafa de Coca-cola. Um piloto resolveu jogar do avião o objeto e na tribo de Xi, o uso da garrafa gerou bastante confusão. A conclusão dos pigmeus foi devolver o controverso presente do céu, ficando a tarefa para o Xi.
Ele deixa o Kalahari, pela primeira vez, entra em contato com outros povos, do continente africano e europeu e faz muitas descobertas. Fica surpreso com um mundo além da sua tribo. Como termina a história? Assista. Já está bom com esses spoilers acima.

Assim é com milhões de pessoas que tiveram acesso só ao que a esquerda "permitiu" nas universidades, escolas, meios de comunicação. Um looping de Foucault a Habermas, dando um "desconto" para Arendt, uma "triscada" em Burke, e uns poucos mais. A falta de citação ou mesmo proibição de outros, como Viktor Frankl (Quem?! Perguntará o bosquímano do pensamento), Mário Ferreira dos Santos (esse existe?) ou mesmo o Olavo de Carvalho (aquele véio cartomante? Perguntou-me um "amigo", certa vez, em demonstração de burrice presunçosa) causa tal estranheza quanto o objeto vítreo derrubado de altitude difícil de observar.

Bem, chegamos ao fim do escrito e a oportunidade chegou:
Vai e devolve a garrafa que foi atirada aqui.

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