A Patrulha Suicida de Momo

Por: Eduardo Vieira
O Rei Momo "evoluiu" junto com seus maiores fãs. A baleia coroada e seu séquito se perdeu na encruzilhada entre a desopilação e a depravação e vestiu as vestes do politicamente correto.
Agora o rolha de poço, que sempre se caracterizou pela irreverência, reclama de fantasias, reclama de ser chamado de gordinho, reclama de rirem da sua tanga ridícula. Mas não reclama do sexo desregrado. Aí não. Reclama de sugestões para reduzir a gravidez adolescente mas proclama que a mulher que não pegar cinco por baile é um fracasso. E se forem cinco mulheres, melhor ainda.
Com seus uniformes marrons, a patrulha de Momo trafega pelos estádios de futebol. Caem de pau em cima do mascote divertido. Agridem, furiosos, torcedores que vão aos estádios xingar a mãe de alguém. Isso é feio. Na verdade o reflexo pálido de Baco preferia que estádios fossem usados para grandes cerimônias orgiásticas cheirando a enxofre mas mesmo ele ainda não fala isso diretamente.
O porcalhão sebento segue a sua nova vida de patrulheiro tentando destruir toda a diversão e toda a liberdade. Como uma orca no meio das focas, ele se alimenta da alegria que um dia espalhou.
Aquela encruzilhada perdida sempre foi perigosa.
O que o elefante bebedor de vinho não percebe mais é que esse caminho leva diretamente ao suicídio. Mas claro, não podia ser de outra forma, pois esse caminho foi pavimentado por Sade, Rousseau, Marx, Foucault, Marcuse e Deleuze.
É um caminho de morte e destruição.

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