O Western Spaghetti (denominam-se Spaghettis as produções cinematográficas italianas dos anos 60 e 70) de 1966, dirigido por Sérgio Leone, teve entre os diversos atores os talentosos Clint Eastwood, Eli Wallach e Lee Van Cleef. O primeiro, Clint, no papel de "Lourinho" ou "Pistoleiro sem nome"; Eli, como "Tuco" (Benedito Pacífico Juan María Ramírez) ou "Rato" e Lee, como "Angel Eyes". Para quem não assistiu (e vale a pena), os três vão atrás de um tesouro e em meio às dificuldades, entram em conflito para obter o valor.
A adaptação do nome the Good, the Bad and the Ugly (em italiano - Il buono, il brutto, il cattivo) também ficou conhecido como Três homens em conflito, em português.
As atividades e perfis psicológicos dos três conflitantes: o Bom (Clint Eastwood - Lourinho) é um caçador de recompensas e apesar da capa de rudeza é um homem compassivo e razoavelmente justo; o Feio (Eli Wallach - Tuco) é um malandro falastrão e engraçado, envolvido em negócios escusos; o mau, (Lee Van Cleef - Angel Eyes) é um mercenário, mau-caráter, insensível e cumpre com os trabalhos que lhe são oferecidos. Quanto ao restante da película, chega de spoilers. Confira em algum site.
Na capital pernambucana, entre os pleiteantes, quem faz os papéis (em alguma proporção, no todo ou em parte) desses acima? Lembro-me de uma frase expressa pelo Aurélio Schommer, que define a política como um palco só um pouco menos fantasioso, menor que o teatro. Desta forma pode-se identificar os contrários às pautas da direita (liberdade de expressão, propriedade privada, autodefesa, defesa da família, menor intervenção estatal, etc.) sem muita dificuldade, há pelo menos dois bem-identificados; difícil é distinguir a "penumbra", vamos colocar assim, entre os bons e os feios, quem?
Dos que são mais falados entre os simpatizantes, aderentes, militantes de movimentos à direita, assemelhados - (Coronel) Alberto Feitosa, Charbel Maroun, (delegada) Patrícia Domingos, Marco Aurélio, Mendonça Filho, já se foi olhar o passado recente, presente, ações e textos, mea culpa (se militava enviesado, RECONHECEU e mudou de discurso e ações, ou se era desconhecedor do "conservadorismo", chamava-se de direita por ter família (até esquerdistas têm família, ô jeca!), daí percebeu que falava algo do senso comum?
Se isso não aconteceu, esse pessoal sofre de um tipo de Paralaxe Cognitiva.
Vamos lá:
1. Não sabe que há décadas o professor Olavo de Carvalho trata sobre o assunto, não sabe que existem uma porção de imitadores do homem da Virgínia que, justamente pelo papel papagaio desses copiadores - sem reconhecer de quem vêm as ideias faladas, o nome do filósofo parece ter surgido em 2018, ou mesmo não sabe que um homem admirado e referência faz tempo parece ter ficado importante pela eleição de Bolsonaro? É espremer o que não se sabe, nem se procurou saber, toneladas de conhecimento em uma lata de 200 gramas. Não à toa, infelizmente, a falta de leitura para além da internet ou das mal dadas aulas no ensino médio (que dirá no "Superior") produziu suas vítimas. Jazem aqui os restos cognitivos;
2. Enxergar como se houvesse um equilíbrio entre administrações socialistas / esquerdistas (redundante) há décadas e outras praticamente nulas (gente no poder em um centrão quando não era denominado assim nos oitentas), novamente, é enxergar até o muro da casa cerebral.
Você viu algum desses candidatos apresentarem algo nesse sentido? Aparecerem nas Redes Sociais dissertando sobre? Peraí, vamos de novo: você consegue dimensionar isso? Já que os escolhedores podem padecer das mesmas questões.
O que isso tem a ver? Poderia perguntar o ingênuo. Sem essa compreensão não se escolhe bem, não se ocupa bem e continuaremos sob a gestão da direita permitida pela esquerda (nenhuma, ou o que ela chama de direita. Onde já se viu a raposa chamar de raposas as ovelhas? Ah, eu vi, vi sim, na imprensa engajada, enviesada e nos "picialistas".)
São todos feios ou há algum bom? A resposta, em parte, você pode encontrar na releitura dos dois tópicos acima.
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