Acabei de assistir a um impressionante documentário sobre o nazismo. Gente, os nazistas tinham uma cosmogonia, uma estética e uma futurologia. Pretendiam fazer desaparecer este mundo, para que outro surgisse. Incrível é constatar que a elite assassina do III Reich era formada de pessoas que nasceram em lares de alta cultura. Cientistas eram extremamente valorizados, assim como professores e artistas. E todos serviam obsessivamente a um ideal de beleza e grandeza absolutas, a exigir até mesmo o extermínio de soldados que, feridos em batalhas, tivessem ficado com sequelas mentais. Os nazistas detestavam pessoas com deficiências: cegos, paralíticos e, sobretudo, os depressivos, os pacientes psiquiátricos TODOS. A psiquiatria era muito valorizada, para identificar os portadores de "bacilos" mentais.
Os povos inferiores deveriam ser escravizados, para servir de mão de obra à construção de monumentos e grandes cidades. Todas as cidades fora do que fosse considerado puramente alemão deveriam ser destruídas. Roma, Atenas e Esparta eram os modelos supremos! Hitler proibiu, por isso, o bombardeio - mínimo que fosse - de Atenas, durante a invasão da Grécia. O documentário me está fazendo pesquisar a fundo nomes como Hans Hörbinger, que eu julgava um mero louco. E o "princípio da ruína", que coisa foi isso!!! Fiquei besta em saber que Hitler dava ordens para que os soldados, ao avançarem sobre os russos, portassem, além do fuzil, livros de Karl May. Eram livros lidos por Hitler em sua infância sobre o modo como os índios da América do Norte faziam guerra. Livros infantis, de estética extremamente detalhista, todavia a serviço da ficção: Karl May descrevia minuciosamente lugares onde nunca estivera e tratava de povos que jamais conhecera. Era isso que o Fürher mandava como bússola para soldados no "front". E Hitler sabia que Karl May tirara tudo da própria imaginação, e era aí que o Fürher enxergava no escritor a genialidade assentada na clarividência. Percebem o delírio tomado como autêntica realidade? O ódio aos judeus era patente. Mas o autossacrifício do próprio povo alemão era desejado. Daí sairia o NOVO HOMEM. Conclusão: o NOVO HOMEM DO NAZISMO É UM RIVAL SATÂNICO DO HOMEM NOVO CRISTÃO, ESTE VINDO À LUZ TAMBÉM POR MEIO DE UM... AUTOSSACRIFÍCIO.
Incrível também é que, já em meio aos desastres e derrotas, o afã dos nazistas pela arte continua. O saque aos acervos europeus não para. Em Berlim, a grande exposição de arte alemã acontece como vinha ocorrendo em anos anteriores. Com a derrota a confirmar-se milhares de obras são minuciosamente catalogadas para serem escondidas em uma mina nos Alpes. Até o fim, a obsessão pela arte. O Nazismo foi a política a serviço de um embelezamento violento do mundo!
E hoje, não estamos a viver um Nazismo às avessas, com a política a serviço de um enfeiamento violento do mundo: a cultura do lixo, corpos perfurados por "piercings" em locais como língua, glande peniana, lábios vaginais, tatuagens que desfiguram a pele, orelhas modeladas para imitarem a de duendes? E a saúde, com as máscaras a taparem nossa identidade, os "lockdowns" autoritários e histéricos, ao mesmo tempo em que drogas indutoras de alucinações são saudadas? A loucura virou signo e fator de libertação? E o "novo normal" é imposto como o único normal admitido, ameaçando-se os dissidentes com multas e campos de concentração. Os de casa nada valem perante os imigrantes (realmente, um nazismo às avessas)!
Que aspectos instigantes para estudos e análises!
Depois posto mais sobre os assuntos! Obrigado pela indicação do documentário, Pedro E. Cunha Brigatto. Como é gratificante a gente se ocupar daquilo que nos confirma como humanos, para além de círculos de fofoquinhas e postagens bobas sobre Fábios e Anittas!
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