Esperto e Gugu-dadá sobem no ônibus e deparam-se com alguns passageiros por lá. Logo notam que todos embarcaram bem depois do ponto de saída. De 100 paradas, desde o início, os mais antecipados subiram na vigésima estação. Alguns deles sabem quem é o responsável pelo veículo, seu combustível, poltronas e de onde partiu (a resposta está no fim da história), porque leram as informações essenciais, assim que subiram e olharam para o teto.
Outros que ouviram desses primeiros começaram a dizer que foram eles os responsáveis pela viagem.
Sendo interpelados sobre a estrutura, velocidade e trajeto, já que se alegaram projetistas, deram respostas vagas e às vezes agressivas: “- Quem você pensa que é me perguntando se fui eu?! Você não vê?! “- Não, não vejo, pois o máximo que você me mostra é a capa das poltronas e só repete o que está escrito”, disse um Esperto, notando que o fanfarrão escorregava no palavrório. Gugu-dadá, que não sabia nem a procedência de um peido, embora tivesse um fiofó, achou aquela conversa enfadonha e propõe que só se gritasse para chamar a atenção dos que estão fora do coletivo.
Esperto resolveu ser meticuloso, foi até o final do carro e leu por trás da última poltrona – Construtor Olav......, mas não conseguiu ler o restante, porque alguém havia pintado com tinta preta o resto do nome, na intenção de esconder o engenheiro veicular, logo não permitindo buscar informações e quem sabe frequentar a empresa, fábrica do benfeitor.
Esperto resolveu ser meticuloso, foi até o final do carro e leu por trás da última poltrona – Construtor Olav......, mas não conseguiu ler o restante, porque alguém havia pintado com tinta preta o resto do nome, na intenção de esconder o engenheiro veicular, logo não permitindo buscar informações e quem sabe frequentar a empresa, fábrica do benfeitor.
Do meio do ônibus levantou-se um cara que entrou na parada 32, declarando que sabia tudo do construtor e que iniciaria uma canção ensinada por aquele, a fim de que os demais cantassem na mesma melodia. Gugu já começava o gargarejo, quando Esperto: “- Ei, como é que você sabe que a música é do Olav...? Você esteve no terminal, falou com ele, leu a tabela na origem?”. “Bem, veja bem”, e sentou-se envergonhado de ter começado uma clara enrolação, o passageiro da parada 32.
Esperto arranjou uma esponja emprestada de uma senhora que transportava compras, que havia subido na parada 41, e sem muito esforço limpou a tinta (que não era de muita qualidade na fixação, mas disfarçava), descobrindo o nome da pessoa da qual muitos falavam, mas sem saber quem ou citar o nome completo: Olavo de Carvalho. – “- Oxe, esse homem é aquele cara do ponto de saída, que falam tanto mal dele, desde a turma toda dos chupa-chupa-alheios, quanto uma parte dos guardetes da esquina, que disseram ter acabado com os chupa-chupas, mas tá cheio deles em tudo quanto é canto”. Gugu, em um momento de lucidez, faz uma pergunta além da sua capacidade: - Mas falam mal de quê? Qual foi o mal desse tal de Olávio?
- “Gugu, o homem que elaborou o veículo, construiu, abasteceu, botou para rodar e atende a todos que sobem nas paradas, mesmo aqueles que entram e não lhe reconhecem ou por ignorância, ou por ressentimento, ou pela incapacidade de admitir nunca terem ido ao ponto de partida, daí, para esses, simular conhecimento é vício – disse um que estivera na parada 20 e lera toda a história contida em um livro na cabine vazia do trocador, ou cobrador, depende da sua região. Quem subiu e olhou para o teto viu: O livro elementar está na poltrona do cobrador.
- “Gugu, o homem que elaborou o veículo, construiu, abasteceu, botou para rodar e atende a todos que sobem nas paradas, mesmo aqueles que entram e não lhe reconhecem ou por ignorância, ou por ressentimento, ou pela incapacidade de admitir nunca terem ido ao ponto de partida, daí, para esses, simular conhecimento é vício – disse um que estivera na parada 20 e lera toda a história contida em um livro na cabine vazia do trocador, ou cobrador, depende da sua região. Quem subiu e olhou para o teto viu: O livro elementar está na poltrona do cobrador.
É o mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.
Da página de Instagram do Direita Pernambuco São Lourenço da Mata
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