O Erro Fundamental De Karl Marx

 



Marx partiu de uma premissa, nunca comprovada cientificamente, mas que fazia parte de seu arcabouço teórico.

1. Filhos de trabalhadores serão sempre trabalhadores, filhos de capitalistas serão sempre capitalistas, nesse novo sistema de produção chamado de industrialização. Sendo assim, o mundo seria dividido em duas classes: trabalhadores e capitalistas, para sempre.
Portanto, segue Marx logicamente, somente uma revolução terminaria esse ciclo perpétuo, os trabalhadores eliminando os capitalistas pelo uso da força. Como foi feito em vários países.

Marx tinha fortes evidências para elaborar essa premissa.
Era exatamente assim o período anterior, agrícola, onde os senhores feudais passavam as terras de pais para filhos, séculos após séculos.
A crítica de Karl Marx ao feudalismo é uma parte integral à sua teoria do materialismo histórico, que postula que a mudança social é impulsionada por condições materiais e pelas relações de produção, em vez de ideias ou valores.

A outra constatação de Marx foi que os tecelões, já empregados nas fábricas antes de produzir, construíam os próprios teares de madeira, segundo as especificações dos inventores e engenheiros da época.
Ou seja, era o próprio trabalhador que fazia seus meios de produção e os tecidos, portanto tudo era produção dele, mas o patrão extraía “mais valia”, uma forma de exploração eterna.
"O trabalhador faz tudo, portanto, merece tudo.”, é um slogan marxista.

O custo das ferragens e da madeira, os protótipos fracassados dos inventores, os salários dos tecelões nesse período, o risco de fracasso da fábrica, e os possíveis prejuízos não foram considerados como merecedores de remuneração do capitalista, segundo Marx, evidentemente uma falha.

Marx também observou a fase da industrialização onde as próprias empresas construíam suas máquinas, como no exemplo acima.
Ou seja, segundo Marx, o trabalhador jamais poderia ter acesso aos meios de produção, que sempre pertenceria à classe proletária.
Só que Karl Marx era economista e não administrador, e não estava a par de empresas como Boulton & Watt criada em 1775, bem antes do nascimento de Marx.

Eles vendiam máquinas a vapor, para quem quisesse comprar, bem como várias empresas vendiam teares têxteis.
Que 10 trabalhadores têxteis poderiam cotizar e comprar seus meios de produção, usualmente a prazo, e montar uma pequena indústria concorrente, fazendo algo inovador ou diferente, não foi contemplado por Marx.

Marx nunca percebeu que a venda de meios de produção para qualquer pessoa, muitas vezes referida como bens de capital, incluindo maquinário, equipamento e tecnologia, tornou-se mais prevalente do que a construção na própria empresa.
Com o tempo, à medida que a tecnologia avançava e as economias se desenvolviam, a produção e venda de maquinário e outros meios de produção tornou-se uma indústria em si.

Fabricantes destes bens de capital surgiram e começaram a vender para qualquer um que pudesse comprar, incluindo proprietários de pequenas e médias fábricas, empreendedores individuais, e eventualmente até mesmo trabalhadores ou coletivos de trabalhadores.

De 1930 em diante, trabalhadores puderam comprar cotas das empresas que trabalhavam, sendo pequenos donos, o que não acontece no marxismo onde a posse dos bens de capital era exclusivo do Estado e do Partido Comunista.

Ou seja, a premissa de Karl Marx provou ser cientificamente falsa, trabalhadores se tornaram empresários, e capitalistas se tornaram pobres muitos perdendo tudo que possuíam. “Pai rico, filho nobre, neto pobre.”

Pesquisas mostram também que ao longo de 10 anos há uma enorme mudança entre categorias de classe de renda. A premissa de Karl Marx não se confirmou, mas muitos não reconhecem o que ocorreu nesses 150 anos.

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