Há dois grandes movimentos em nosso país em relação à política: os defensores de eleições limpas, com candidatos propondo e realizando o que apresentam, sendo competentes em como, quando e onde a coisa pública se materializará. Diante deste grupo entende-se que o candidato deva ser idôneo, capaz, criativo, em condições de dizer e saber fazer o que diz.
Pensando assim, não é por beleza, simpatia ou coleguismo que se vota. É por mudança, proposição, competência, não mais do mesmo. Outro grupo está simplesmente interessado no imediato, no lucro fácil, na barganha. Desta forma nada espanta, choca, deixa de ser abominável.
Não é de se surpreender (deveria) que estes dois segmentos pertençam à mesma massa: o povo, pois dele nascem os políticos que saem e “dão cria”, segundo sua imagem e semelhança. Precisamos decidir de todo o que realmente queremos: perpetuar, ser conivente com o erro, não tendo argumento moral ou social quando as conseqüências vierem (e atingirão muitos, possivelmente quem consente); e/ou mudar irresponsavelmente, sem ponderar no indivíduo, plano. Não é possível não “tomar partido”. Mesmo quando se decide nada fazer acabou assumindo um lado - do peso morto. Depois de tudo aparecerão cientistas políticos e sociais, psicólogos, uma gama vasta de especialistas tentando explicar o óbvio.
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