Sabedoria universitária



Oi, Gente!

Mil perdões por tanta demora, mas tá faltando tempo. Atualizando vocês, vou ser bem breve falando sobre nossa semana de recepção. Observação: Ciências Biológicas foi o ÚNICO curso que foi liberado para a semana de recepção.

Parte 1: Horto Dois Irmãos. É quase que óbvio que a gente tinha que ir para o Horto, já que é vizinho do nosso campus e é onde uma boa parte dos estudantes de biológicas fazem seu primeiro estágio. O Horto, que na verdade é Parque Dois Irmãos, tem uma área de 387,4 hectares, sendo 14 hectares de área construída. A reserva do Parque, considerada uma das maiores áreas de Mata Atlântica de Pernambuco, proporciona aos visitantes conhecer o ecossistema, suas plantas e seus animais nativos, como preguiças, saguis, quatis, além de uma enorme variedade de pássaros. O Parque possui cerca de 850 animais entre aves, répteis e mamíferos distribuídos em mais de 120 espécies. Fizemos duas trilhas. A primeira foi uma subida bem legal, até que pudemos ver a Integração da Macaxeira de cima. Meio íngreme em alguns pontos por causa da erosão que as chuvas causam lá. A nossa guia, Marina, que é bióloga lá do Horto, nos explicou sobre a vegetação de mata atlântica, e sobre como ela já foi e está sendo depredada. Graças a ela saimos da nossa dieta habitual também. Isso porque passamos por um grande cupinzeiro e ela nos explicou que os cupins, para quem se perde na mata são uma fonte de alimentação. Como boa bióloga que sou e boa curiosa também, sugeri que experimentássemos. Ela concordou, então, sim: Comemos cupins. Não tem o gosto ruim e não é nojento (por favor não comam os cupins da sua mobília, há uma grande diferença).

Vimos também que a mata está contaminada com algumas manchas de plantas exóticas, como a Comigo Ninguém Pode (Dieffenbachia amoen), o que é prejudicial e difícil de reparar sem agredir muito a mata. Ela nos explicou que os biológos do Parque estão trabalhando numa forma de recuperar as plantas nativas que perderam espaço por causa dessa mancha. Depois que descemos, trocamos de guia, fomos visitar o Açude do Prata e a casa de dona Branca Dias. Lá foi que nos demos conta de como parte da população local não cuida da mata e nem tem respeito pelo patrimônio histórico. Conta a história que dona Branca Dias, portuguesa rica e grande amante da natureza, construiu a casa próxima ao açude para ficar perto da natureza e poder trabalhar com suas ervas medicinais. Mas por ser judia começou a ser perseguida pela igreja Católica. Sabendo que morreria, não quis deixar sua prataria para a igreja, jogando tudo no açude, daí o nome Açude do Prata. Há inclusive a lenda de quem tenta achar a sua prataria, seu fantasma persegue. A casa foi tombada mas encontra-se num estado deplorável. Pichada, maltratada, inclusive com risco de demolição. Nossa guia até nos contou que seu sonho era ver a casa restaurada, mas por ser de difícil acesso e não ser muito divulgado, o estado não se preocupa em restaurar. Já voltando, bebemos da água do açude, tivemos incluse uma baixa nesse trecho pois um dos nossos representantes do DA (Diretório Academico) “caiu” no açude. A guia disse que não havia problema, mas ninguém repetiu o feito. Cansados, mas ainda mais entusiasmados com o curso voltamos pra faculdade. Me despeço agora prometendo que até sexta-feira conto a parte dois, que foi nossa ida ao CIPOMA - Igarassu e claro, sobre o nosso trote. Até a próxima.

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