"Praga" moderna.

Sempre houve, há e haverá pessoas mal educadas (contra esse desvio de conduta, educação). O celular hoje está sendo posto como um pequeno imperador, parte "essencial do corpo humano" de tal maneira que a gíria "sem noção" já não possui mais noção. Teatros, escolas, bibliotecas, nenhum lugar, ninguém ou nada estão em posição de serem respeitados. O fato é que esta atitude parece tão normal - como se tivesse nascido com o indivíduo - a ponto de que quando alguém é chamado a atenção neste péssimo comportamento,  a atitude é de: Qual é o problema? Não posso interromper um espetáculo/aula/apresentação coletivos (mais importantes e imprescindíveis) em nome da minha individualidade? Assim caminha (boa parte dela) a humanidade, sem bom caráter e educação adequados.


Nova York - O som de um telefone celular obrigou a interromper pela primeira vez na história um concerto da Filarmônica de Nova York, que não foi retomado até que o dono desligou o aparelho, confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe uma porta-voz oficial da instituição nova-iorquina. Os fatos aconteceram na noite de terça-feira, quando o diretor da Filarmônica, Alan Gilbert, estava conduzindo seus músicos pelo último movimento da Nona Sinfonia do tcheco Gustav Mahler, segundo a porta-voz.
Foi então que começou a tocar da primeira fila o popular tom de chamada 'marimba', que imita o som deste instrumento no iPhone da Apple. Embora o público tenha expressado seu descontentamento, o telefone não deixou de tocar.
Gilbert começou a gesticular enquanto o aparelho continuava soando, até que se cansou e ordenou parar o concerto, algo que até agora não tinha acontecido nas mais de 14 mil vezes que a Filarmônica de Nova York tocou ao longo de seus 170 anos de história.
Em seguida, o diretor, visivelmente irritado, pediu em voz alta ao proprietário que desligasse o aparelho que não parava de fazer barulho.
Como o dono não tomou uma atitude imediata, o público assobiou e exigiu a gritos que ele fosse expulso da sala enquanto o iPhone continuava tocando entre o barulho da multidão, habitualmente acostumada a escutar a orquestra no mais absoluto silêncio.
Gilbert finalmente desceu do palco e se encaminhou com direção ao dono do celular, que tirou o aparelho do bolso e desligou.
'Está desligado? Vai voltar a tocar?', perguntou o diretor ao homem, que se limitou a consentir com a cabeça, e o concerto foi retomado poucos minutos depois entre os aplausos do público do emblemático Avery Fisher Hall do Lincoln Center.

Foto e matéria: Abril.com.br

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