Quando só olhamos a "superfície":

As águas possuem a mesma cor e as pedras têm o mesmo tamanho.
Perguntar o porquê dos atentados na capital francesa apenas citando o terror, malfeitores, ou mesmo reproduzindo o que a grande mídia ou alguns correspondentes veiculam é olhar simploriamente o fato. 

Este não é um texto contraponto à notícia com o fim de ter acesso, leitura dualista, algo do tipo. Não se pretende audiência ou parecer politicamente correto, pois ser isso é totalmente nonsense em tempos de pós-modernidade.

A vida segue por olharmos apenas nos arredores, termos mínima preocupação com o próximo e o princípio do viva e outros que se virem são tônicas já de muito tempo. Esse "umbiguismo" social em algum momento seria abalado e chegou novamente a constatação.

Intervenção francesa na Síria, este país tendo sido uma espécie de protetorado francês no oriente, no século XIX, críticas da imprensa chargista, "quase-inocência" em ter radicais residindo junto com cidadãos sob a pretensa reprodução mental e de vida da frase-chave na revolução francesa, humanista a todos, imaginando que as coisas sempre se resolveriam na base do diálogo, como foi até afirmado (no mínimo de maneira descuidada) pela atual mandatária brasileira.

Os ideais humanistas subjugaram, perseguiram, minaram o princípio superior, divino, cristão, como se pudesse condicionar a uma matéria universitária exótica o ser cristão-cristão. Décadas de liberdades sociais maiores opositoras a tais religiosos dessa tendência passada sucederam-se e por fim, quando o niilismo tornou-se majoritário, acreditou-se que o mesmo cercamento aconteceria ao Islã. 
O Cristianismo por princípio nasceu como um estilo de vida, não um meio político dominante ou mesmo participante. Quando se tentou fazer diferente por ineficiência do estado, época decadente do império romano, não foi boa alternativa para quem apenas devia a César o que era de César, que deveria orar pelas autoridades.

A religião do Maomé desde o início surgiu como alternativa à política local e depois de alguns séculos prosseguiu na troca global de poderes, algo que vem sendo buscado a cada nova incursão do segmento religioso na sociedade, cultura ocidental que, novamente, creu na comparação entre "domar" um grupo acreditando no mesmo com o outro. O terror contradisse essa ótica.
Nos países não-islâmicos há pouca dificuldade (há exceção, mas desprezível) para se construir mesquitas e seguir o rito, porém em países islâmicos as restrições a outros quando não matam, destroem.

Um adendo: sabe-se que há moderados e fervorosos seguidores em quaisquer desses grupos. O fato de extrema diferença é princípio dos livros sagrados, dos inspiradores. 

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