Contrariamente foi o Pedro II, lá no Brasil do século XIX ao país deste vigésimo primeiro século, onde paira a ameaça constante de um "império republicano", desejando o controle de mentes e corpos dos cidadãos.
A banda Armahda faz homenagem neste vídeo ao falecido imperador em terras distantes, e nesta loa coloca bem fatos que alguns negam ou ausentam-se de pensar:
Born in Brasil, Dom Pedro II was raised by tutors designated by the Brazilian Assembly, since he was 5 years old. He was raised by tutors because his father, Dom Pedro I, abdicated the throne, returning to Portugal with the rest of the family to confront his brother Dom Miguel, the Usurper. He was called "the nation's orphan": a child raised by the Government to be a monarch, with a huge weight on his shoulders, as the absence of his father led the country to pressure from the separatist armed movements.
The vast majority of the soldiers who were part of the coup troops on November 15th was not aware that it was intended to overthrow the monarchy. Desiring to avoid bloodshed, the old Emperor Dom Pedro II declined to resist the coup and went into exile with his entire family on November 15th, 1889.
Two years later, on December 5th, 1891, Dom Pedro II passed away, staying in an unpretentious hotel in Paris, and was buried like the head of state by the French. On the day of the Emperor’s death, when Count d’Eu opened the closet where Dom Pedro II’s personal belongings were stored, he found a small package containing a dark substance and a note with the following message: "This is the soil from my country; I wish it to be put in my coffin, if I die away from my homeland." He was buried with his head resting on a pillow containing Brazilian soil.
The blood that was not shed in 1889, shed profusely during the next ten years, as the result of the shock between expectations and the reality of the new republic, with episodes of massacres, beheadings, civil wars, and terror.
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Nascido no Brasil, Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga (Dom Pedro II) foi criado, a partir dos 5 anos de idade, por tutores designados pela Assembleia brasileira, pois seu pai, Dom Pedro I, abdicou do trono, retornando à Portugal com o resto da família para enfrentar seu irmão Dom Miguel, o Usurpador. Nunca mais viu os pais. Dom Pedro II era chamado de “o órfão da nação”: uma criança criada pelo Governo para ser um monarca, com um enorme peso nos ombros, visto que a ausência de seu pai levara o país à pressão de movimentos armados separatistas. No entanto, durante seu governo, praticou a conciliação política apartidária, consolidando e mantendo a coesão territorial do país.
Era um educador que “invadia” de surpresa as aulas em seu colégio, pedia licença ao professor, e ministrava ele mesmo a aula, independentemente de qual fosse a matéria, pois dominava seu conteúdo.
“Prefiro perder a coroa a tolerar a continuação do tráfico de escravos”*. De fato, no ano seguinte à assinatura da Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil, o golpe republicano sem nenhum apoio popular, derrubou o Império. Mentiras e traição. A grande maioria dos soldados que integravam as tropas golpistas em 15 de novembro não estava consciente de que se pretendia derrubar a Monarquia. Desejando evitar derramamento de sangue, o velho Imperador Dom Pedro II preferiu não resistir ao golpe e partiu para o exílio com toda a sua família em 15 de novembro de 1889. Os republicanos ordenaram que o embarque da família imperial fosse feito de madrugada. Chovia.
Dois anos depois, em 5 de dezembro de 1891, faleceu, hospedado em um despretensioso hotel de Paris, e recebeu funerais consagradores de chefe de estado pelos franceses. No dia da morte do imperador, ao abrir o armário em que estavam seus pertences pessoais, o conde d’Eu encontrou um pequeno embrulho contendo uma substância escura e um bilhete com a seguinte mensagem: "É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria". Foi sepultado com a cabeça repousando sobre um travesseiro de terra brasileira.
Em 1920, o presidente Epitácio Pessoa revogou, finalmente, o decreto republicano que banira a família imperial do território nacional. Seus restos mortais foram trazidos ao Brasil em 1922, no governo de Epitácio Pessoa, tirados de bordo com o troar dos canhões e entre descargas de fuzilaria, até que finalmente tocassem o solo sagrado da Pátria. Encontram-se na catedral de Petrópolis, RJ, atualmente.
O sangue que deixou de correr em 1889 verteu em profusão nos dez anos seguintes, resultado do choque entre as expectativas e a realidade da nova República, com episódios de massacres, degolas, guerras civis, e terror.
*- HEITOR MONIZ – No tempo da Monarquia – Ed. Nacional, SP, 1929, 244 p.
-JORNAL DO BRASIL-O centenário de Pedro II - 2/12/1925, apud RIHGB, vol. 152, 1925
-JORNAL DO BRASIL-O centenário de Pedro II – RJ, 1892, 159 p.
Recorded in October / November 2015 at AudioFusion Bureau Studio
Co-produced, mixed and mastered by Rafael Gomes Zeferino
Guest choir: Dulce Pupo & Else May
(Conteúdo retirado do youtube)
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