A direita temer-afetiva que vive de condenar todos os conservadores que não aplaudem o PMDB e os demais partidos fisiológicos que integram o governo, que vive de produzir e propagar justificativas e desculpas azevedianas para os crimes da entourage de Michel Temer, que vive de imputar a pecha de filo-petista a quem quer que tenha coragem de afirmar que o establishment brasileiro é criminoso, explora a população e é um grande aliado do projeto petista de poder; essa mesma direita que não cansa de dizer que todos os que condenam os crimes de políticos não-petistas, mesmo que com as nuances necessárias, prestam um serviço ao PT parece se esquecer de tudo isso e deixar de lado toda a preocupação com os senso das proporções quando o alvo é o Deputado Jair Bolsonaro — o anti-bolsonarismo se tornou tão irracional, tão ilógico, que mesmo pessoas de resto sensatas não se importam em banalizar o mal, em colocar no mesmo nível um político de quem sentem nojinho e um criminoso psicopata como o Lula, em equiparar pessoas comuns que se apegam a um símbolo de ordem e militantes pagos e treinados nas ciências das revoluções totalitárias.
Não há nenhuma equiparação possível entre o Deputado Jair Bolsonaro e o Lula. Não há nenhuma equiparação possível entre a militância pró-Bolsonaro e militância petista. Via de regra, quem diz o contrário está apenas tentando afetar virtudes por meio do (mau) manuseio da retórica. Agora, se você não consegue de fato distinguir uma coisa da outra e não diz essas besteiras apenas na clave retórica, sinto muito, mas sua bussola moral provavelmente está quebrada para além de qualquer possibilidade de reparo.
Filipe G Martins
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