Correu, pediu-me um salgadinho e respondi-lhe à queima-roupa: "não", mas sem grosseria. Voltou a brincar no escorrego e, segundos depois, virei meu olhar para ele. Enquanto descia, o menino observava alguém. Fui conferir, eram o pai e a irmã, que estavam com uma bacia, vendendo salgadinhos, coxinhas, bolos e esperavam o pequeno divertir-se um pouquinho.
Não sei o que você, que me lê, pensou até esse momento, mas imediatamente retirei cinquenta centavos do bolso e comprei o salgadinho. Chamei-o e entreguei a um menino sorridente, que não abriu logo o pacote.
"Pronto, terminei"! Ele gritou correndo para os parentes e os três seguiram seu caminho.
Fiquei acompanhando até sumirem no fim da ladeira.
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