O nível moral da imprensa global está sendo exposto nessa guerra



O líder da oposição israelense, o jornalista Yair Lapid, colocou o dedo na ferida: “Vocês acham que uma organização que não tem problemas em massacrar bebês, massacrar mulheres grávidas e massacrar uma menina autista de 13 anos com sua avó de 80 anos tem algum problema em mentir?” De todas as distorções da cobertura da imprensa nestes últimos dias, a pior é o ‘equilíbrio’.

Uma grande parte da mídia está oferecendo a seus leitores e espectadores um quadro ‘equilibrado’, eles estão apresentando ambos os lados igualmente: a história contada por um país democrático que está protegendo a vida e a história contada por uma organização assassina e terrorista que odeia a vida. O Hamas mente como método. Eles matam nossos filhos e dizem que a culpa é nossa, matam os filhos deles e dizem que a culpa é nossa. Eles usam pessoas como escudos humanos, disparam contra elas se elas tentam escapar, e acobertam isso com com sua grande quantidade de notícias falsas. 

Nunca houve um abuso mais cínico e horrível da liberdade de expressão. Meu argumento é que a mídia não pode simplesmente alegar que está trazendo os dois lados da história. Se vocês fazem isso, vocês estão apenas trazendo um: o lado do Hamas. É uma postura covarde e preguiçosa. É um insulto às vítimas, incluindo as vítimas palestinas. É também um insulto à ideia central do que é o jornalismo. 

Acreditem em mim, eu sei, eu fui jornalista por 31 anos. Eu não tenho problema com críticas a Israel, mas, quando vocês sabem que um lado mente e que um lado faz todo esforço para verificar os fatos, o mínimo que podemos esperar é que vocês não deem uma plataforma ilimitada às mentiras.”

Leandro Ruschel

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