Quando corrigiu (ou adequou, como alguns preferem) a senadora Marta Suplicy, esta tentando inadequadamente corrigi-lo. Para referir-se à Dilma Rousseff, tanto faz usar a presidente quanto a presidenta. A presidenta tem preferido esta designação, nenhum problema quanto a isso. Só não se pode recriminar o que a gramática atesta há bastante tempo. Nada fora do círculo escolar básico, inclusive dar feminino a tudo pode não ser “justiça” quanto ao gênero e, sim, uma forma de aparecer, posar de “polícia da sexualidade”. Temos que prezar pela língua na sua liberdade e parâmetros educacionais.
Bem lembrado também pelo senador, a respeito da ABL (Academia Brasileira de Letras) - instituição que o presidente do senado tem assento - cuja origem tem raízes na Academia Francesa. Novamente, querer aplicar uma convenção que só encontra guarida nos modismos “politicamente corretos” é atacar não um grupo social, mas a língua que nos dá identidade, é praticar o preconceito linguístico às avessas, muito comum no governo anterior. Pela ordem, senhora vice-presidente ou vice-presidenta, tanto faz.
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