Momento que diferencia homens de verdade dos covardes, repetidores de ideias e de falsas percepções:

Exigir quarentena horizontal num país inteiro é prova de inépcia intelectual (porque impossível) e total desprezo aos mais necessitados (daqueles que precisam vender o almoço para conseguir o jantar ou moram entulhados com outras pessoas, se casa possuírem).

Somente um burguesinho tosco, um orteguiano Senhorzinho Satisfeito, um ser patologicamente apegado à própria vida poderia achar razoável estabelecer um lockdown no mundo porque tem uma doença por aí que poderia matá-lo.

Pior ainda: chamar de teoria da conspiração as dezenas de milhares de novos desempregados, de empresas fechadas, de polícia batendo em cidadão que foi à praia, entrou numa igreja ou abriu o seu lava car é passar recibo de ser um abjeto tolo cego, cuja única piedade é consigo mesmo e com os seus, que estão bem alimentados e protegidos nas suas mais ou menos luxuosas casas.

É óbvio que cuidados devem ser tomados; é necessária quarentena vertical para os mais frágeis; tem que aprender higiene e preservação da saúde; mas daí a concordar com o que estão fazendo com o mundo é a distância entre a obsessão de si versus a percepção do mundo.

São momentos como esse que diferenciam homens de verdade dos covardes, dos repetidores de ideias que não compreende e de falsas percepções de realidade daqueles que enxergam a verdadeira guerra que significa viver neste vale de lágrimas.

Cristo ressuscitou para você não temer a morte, mas horrorizar-se com a tibieza moral, escassez intelectual e frieza espiritual.

Milhões sem emprego, sem perspectivas e sem futuro, mas você acredita que a solução seja mais Estado, mais controles, mais restrições?

Na boa, tu merece e gosta de lamber uma botinha mal engraxada, daquelas que prensarão o seu rosto para sempre.


Mauricio Marques Canto Jr.

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