Como nos dias de Noé






Estamos como nos dias de Noé: o horizonte preparando a mãe de todas as tempestades e a gente aqui, comendo, bebendo, casando e falando besteira em rede social. Quando o Lira enterrou a PEC do voto impresso, sepultou junto as minhas esperanças de reeleger Bolsonaro. 

Aquela conversa besta de milico auditando urna inauditável nunca passou de tergiversação, xilocaína, mesmo, e a fala do Mourão, ontem, deixou isso claro como água benta: o capitão pode estar do nosso lado, os generais estão com o STF.

Antes que mais um fanático venha berrar nos meus ouvidos, eu não acho que aqui a culpa seja do Bolsonaro. O homem tentou tudo o que podia pela transparência das eleições, foi ele sozinho contra toda a máfia política, judiciária e da mídia, nacional e internacional. Se tivesse insistido a partir dali, constatando em púbico o que eu escrevi acima, teria tornado ainda mais difícil, senão impossível, seu governo durante a crise.

Mas meu ponto é outro. Meu ponto são os fanáticos, a moça de ontem me acendeu o interesse. Você, que admite críticas a seus pais, a seus filhos e até a Jesus Cristo mas não a Bolsonaro, que pra cada mínimo ato ou palavra do PR tem sempre uma consideração de gênio, mito, superestrategista, que cai de pau em todos os que tentam alertar o homem para o céu de chumbo no horizonte, o que você vai fazer quando o TSE lhe roubar os votos e as FFAA não só se recusarem, de novo, a fazer valer a constituição, mas prenderem o homem por atentar contra as nossas instituições? Você vai pra rua lutar? Vai pegar em armas pra defender não o Bolsonaro, mas a nossa democracia?

Vai nada! Você foi o primeiro a atirar pedras nos "radicais" que se f... por tentar fazer isso num tempo em que estas ações ainda podiam surtir algum efeito. Você se calará, apagará os posts e se esconderá, porque esta é a natureza do seu fanatismo: o medo da realidade.

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