Para o SLM na Política: As coisas corriqueiras e um "deserto de ideias"

 




Considerar como suprassumo da vida as miudezas cotidianas (redundância) da prefeitura e da câmara é viver de taquicardia. Hoje são chamados de "tiquetaques". Política é o irmão caçula da cultura, e bem pequeno.

Refiro-me a ações do dever e do despacho, como limpeza, pintura, celebrar uma ordem de serviço para algo que, se acontecer, será em meses, na melhor das hipóteses, trazer algum informe de projetos, requerimentos (o público majoritariamente não assiste sessões), etc. Têm sua importância, mas bem pequena quanto a outras, por exemplo a melhoria intelectual do alunado municipal, qualidade da saúde dos cidadãos, para ficar nestas.

Conversando com um conhecido que circula nos ambientes da Casa e do Paço, que vê e ouve indivíduos do tipo descrito no primeiro parágrafo, resolveu perguntar-me, sem paixões, sobre o presente e o futuro próximos. Eu compreendo o porquê: ter pessoas que tomam partido de maneira pouco pensada, ou por compromisso financeiro, não são as melhores referências sobre "se está bom".

Há que se fazer média ponderada entre o que um político, ou aderente diz, peso 1 nesta conta, e o que o "homem comum" (aquele que vai para lá e para cá no trabalho, está em um residêncial, vila, bairro e caminha, trafega, espera uma consulta e resposta de um encaminhamento de média complexidade - não confundir com ambulatorial, etc.) vê, peso 2. Se você não fizer esse cálculo, tudo parecerá maravilhoso. Parecerá.

Bem, após isso:

1. Quem deveria estar mais em evidência para rivalizar com quem está na cadeira executiva tem feito com timidez, ou por erro de cálculo (acha ser cedo), ou por não ter aporte financeiro suficiente no momento, ou por não se sentir seguro na agremiação partidária. Sobre esta possibilidade, já tivemos mais de um caso de pessoas rifadas;

2. Isso cria, quase artificialmente, uma posição confortável quanto ao adversário de todos que estará na disputa pela reedição de seu movimento;

3. Apresentando de forma simples: para agitar esse ambiente teria de haver fatos novos (sim, no plural) com pessoas novas (ou que convencessem ser). Não há nem um, nem outro. O tempo passa e quem se opõe age deficientemente para firmar acordos e compromissos. Nesta história são esses acertos que estão acontecendo já do lado do poder atual;

4. Indo para o outro setor, não se pode dizer o mesmo, uma vez que dos que estão na Casa, dois terços podem não retornar. Os motivos são semelhantes ao ponto número um às avessas: são os de fora que estão correndo, afirmando seus nomes, fazendo contatos e ventilando suas intenções em meios eletrônicos. Há quatro de fora que são bem competitivos neste momento no que se apontou. Os nomes destes aparecerão com o tempo. Apenas adianto um que, estando agora no Paço, dará passos ao Poder Legislativo.

5. A eleição de 22 desesperançou a maior parte da população, mesmo a que optou pelo atual estado das coisas (lembre-se, não me refiro a um militante bajulador alienado que, lendo, acredite ser o que não é, tendo um Wishfull Thinking). Logo, qualquer um desses da Casa que se associar diretamente ao apedeuta, ou tendo apoiado for lembrado por alguém, terá (mais) uma rejeição considerável.

6. Retomando o segundo parágrafo para os edis, algo que funcionaria seria "traduzir" bem o que se discute. Neste caso a TV Câmara, que passou a existir, precisaria sair do engessamento vocabular para conjugar texto, vídeo e áudio (e não tem a ver com entrevistas, o que se faz, mas o desdobramento dos atos em praticidade, para "são-lourencense ver"), coisa que, em um futuro, se me apetecer, detalharei.

Por enquanto é só.

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