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Ricardo Roveran |
Ele imagina um mundo perfeitamente previsível, como uma aventura literária europeia de classe média alta, ou um filme americano contemporâneo, no qual apenas mudam-se algumas regras e BINGO! O comunismo, ou qualquer outra m...., está funcionando.
Não é e nem nunca vai ser.
A primeira coisa que a mentalidade revolucionária faz é operar no indivíduo a mudança de prioridades íntimas: a verdade como valor é substituída pelo desejo de poder. Não importa mais quem está certo ou errado, e por quais motivos. Importa que seja obedecido.
Disso, decorre um mundo moldado à sua imagem e semelhança, ele substitui Deus por si mesmo.
Quem não concordar, morra.
Dado que sem verdade não há justiça, uma vez que a justiça, no âmbito físico material, requer materialidade dos fatos, obviamente, revolução e justiça são incompatíveis.
Isto é revelador: quando um revolucionário diz "justiça", a carga semântica da palavra não é o que você entende por justiça, é outra coisa, outro critério, imprevisível por tratar-se do subjetivo de um alucinado, mas ridiculamente certo que se trate de sua própria vontade sobre a dos demais.
Assim, o comunismo versa sobre si tantas variedades e aqui encontra-se com o nazismo, fascismo, e demais.
Quando o sujeito resolve concentrar para esmagar os concorrentes, ele quer tudo, menos democracia e justiça não lhe passa pela mente, mas um substituto inapreensível a curto prazo.
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