Testamento de Adão

“O sol brilha para todos e desconheço a cláusula do testamento de Adão que dividiu o mundo entre portugueses e espanhóis”.
(Francisco I, Rei França)

O imperador francês fez esta declaração quando do Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre Portugal e Espanha. O acordo visava dividir as terras descobertas e por descobrir por ambas as coroas. O tratado delimitava o meridiano, uma linha imaginária de 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde. Um lado pertencente às descobertas portuguesas e outro às espanholas. Os ibéricos acreditavam que os mares lhes pertenciam e o que fosse descoberto. Posse sem consulta.
Francisco I discordava totalmente do acordo, por isso a frase. A partir daí o reino francês também entrou na aventura marítima conseguindo conquistas, novas terras e espalhando o idioma francês.

Hoje há quem pense de forma semelhante na política: grupos, “arrumadinhos”, filiações, etc., creem que o mandato, a gestão, a configuração do poder só lhes pertença, quer dizer, um atributo “divino”, relegado a aparências ou relações familiares. A política é uma das vertentes da cidadania, pertence ao bem comum (comum de todas as pessoas). Algo de familiar sim, mas também do pobre, pessoas comuns, nem tanto, do vizinho, do amigo, enfim, usando o já conhecido dito: “Do povo, para o povo e pelo povo”.

O poder emana, é outorgado pelo povo para que alguns o guardem não numa tentativa egoísta, mas para que o utilize de forma equilibrada, justa e permitindo a renovação de pessoas, idéias.

Termino pedindo empréstimo de um trecho bíblico: “E disse-lhes também uma parábola: Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para cosê-la em roupa velha, pois romperá a nova e o remendo não condiz com a velha”. Lucas 5:36.

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