Argumentação

É considerada e conhecida como a alma do excelente texto. Para construí-la é necessário não só coesão, coerência, correção, mas também verdade naquilo que se defende, porque se soubermos ou descobrirmos que o que se escreve ou diz não é verdadeiro, além do argumentador cair no ridículo, perde-se a confiança geral.

Aproximando a introdução ao segundo turno presidencial é o fato acontecido: propagandas são feitas, prometendo e acusando, muitas vezes achando que toda população não se informa a respeito delas; é verdade que boa parte dela ainda não possui as condições necessárias de acesso à comunicação total, isto até soa estranho quando quem está atualmente no Palácio prega que todos são bem assistidos. Está longe disso.

Um tema que tem incomodado bastante – e não faltam outros igualmente chateadores – é a respeito do saneamento básico. É sinônimo de saúde pública, não foi investido nem de longe de forma regular nos últimos 16 anos (entendam-se os governos de FHC e de Lula). De verdade foi até negligenciado, pois era sabido que o investimento teria de ser pesado e não aconteceu. Ora, se digo que a saúde é prioritária e não invisto no saneamento que por sua vez economiza a própria saúde, o que pensar dos mandatários, sinceramente?

No popular chamamos de “conversa fiada” ou “conversa para boi dormir”, ou o que quiser comparar. Palavras como sempre e nunca são advérbios injustos a qualquer governo, no entanto podemos adjetivar como eleitoreiro e antiético só para começar. Uma ilustração, ao estilo antigo, mas boa argumentação: ninguém mantém um corpo sadio sem alimentação adequada, alguém deve proporcioná-la e outrem aplicá-la. Precisa ser rica de nutrientes ao ser. FHC deu combate à inflação e Lula distribuiu renda, mas dizer que foram totalmente bem sucedidos é inverídico, tanto que os dois restantes candidatos à presidência dizem que precisam melhorar tudo. E agora?

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