É só um livro?

Aqui estou eu também pensando no assunto: "Nós pega o peixe". Língua falada e língua escrita nem sempre coincidem. Deveriam, não por uma questão de preconceito linguístico, gíria, regionalismo ou qualquer outro aspecto, mas sim para o entendimento. Compreendidos os aspectos culturais de cada indivíduo, lembremos que a vida em sociedade existe e é ampla, plena de significados e falares. Neste caldeirão da fala deve haver algo que ancore, una, apresente o que somos como povo; aí, sim, coisa que nos aponte como "Brasileiros" - a língua estudada nas escolas.
Quem está voltando aos estudos após tanto tempo, quem batalha para vencer na vida, quem quer ser culto (e compreenda-se aqui uma pessoa que sim, conhece o popular e o erudito) não aceita "os livro", e isto nada tem haver com classe dominante, mas quem quer melhorar. Um vício rapidamente é reproduzido, uma virtude demora a ser propagada. Se pensarmos, como na explicação do livro: “É importante saber o seguinte: as duas variantes (norma culta e popular) são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros.” estaremos reconhecendo a falência da educação governamental, criando um preconceito ao preconceito e interpretando que pobre só fala de um jeito. Não é meu caso!

(Um pensamento sobre a polêmica em torno do livro "Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender" adotado pelo MEC.)

Postar um comentário

0 Comentários

Close Menu