Catadora de material reciclável passa em prova e entra na USP
Laíssa Sobral, 19, trabalhava como catadora de material reciclável na cooperativa Granja Julieta (zona sul de São Paulo) e nunca gostou muito de estudar, mas percebeu que, com um diploma, teria mais chance de lutar pela cooperativa. Hoje, cursa gestão ambiental na USP.
A informação é da reportagem de Luisa Alcantara e Silva publicada na edição deste domingo da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
Isadora Brant - 2.mar.12/Folhapress | ||
Laíssa Sobral, 19, em cooperativa na Granja Julieta; ela está cursando gestão ambiental na USP |
A jovem teve pouco incentivo na vida escolar, mas estudou e entrou no curso de gestão ambiental da FMU em 2011. Mas a vida era difícil. Faculdade particular: R$ 515 por mês. Transporte: R$ 250. Renda na cooperativa: R$ 800.
Laíssa resolveu, então, transferir a faculdade para a USP. Sem dinheiro para comprar os livros, recebeu ajuda de uma amiga, que fez campanha num blog. Livros começaram a chegar. "Veio até via Sedex", lembra.
1. Jovem - idade não é desculpa para atitudes inconsequentes ou desistência nos estudos; há que tenha pouca e seja ajuizado e há quem tenha mais idade e faça besteira;
2. Pobre - não é sinônimo de incapaz, o que foi demonstrado muito bem;
3. Mulher - lutou contra preconceitos, apresentando-se em pé de igualdade;
4. Negra - segundo pesquisas, o grupo social (pobre), de gênero (mulher) e cor (afrodescendente) mais discriminado no mercado de trabalho. Nada disso a impediu de lutar. Enquanto uns lamentam, outros perseveram.
Pode-se até corrigir alguma informação, mas não contrariar os fatos.
O crédito da reportagem já está nela.
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