Convenção internacional aceita para um pai, mas não para um país – o que está em desacordo entre Sean e Cuba?



Sean Goldman, garoto disputado por parentes, para saber quem vai ficar com a guarda dele. A história é razoavelmente conhecida - sua permanência com os avós no Brasil e sua ida aos EUA. Não discuto quem deve ficar com ele. Meu raciocínio estende-se ao apelo feito pelo presidente ianque Barack Obama e a secretária de estado norteamericano, Hillary Clinton: um cidadão americano, com direitos de estar em seu país, de não ser mantido preso, uma vez que tem apoio da comunidade do país de nascimento. Há um tratado internacional, a convenção de Haia, que atesta o direito do pai de Sean Goldman de tê-lo amparado. EUA, defensor do Direito Internacional, só para os americanos (do Norte – entenda-se os estadunidenses)? Da doutrina Monroe, do Destino Manifesto às intervenções nas republiquetas, ou repúblicas das bananas, assim denominadas pela inexpressiva representação mundial e sua produção frutífera. Cuba teve uma área “alugada” no começo do século vinte pelos EUA (onde fica a baía de Guantánamo), mas que já foi pedida de volta diversas vezes, inclusive sem aceitar-se mais o “aluguel” para assim terminar-se a ocupação do país. Os EUA não saíram de lá e não pretendem fazê-lo. Curioso, uma nação que lutou pelo ideal da liberdade e defende o princípio da autodeterminação dos povos estar neste limbo internacional.  Aceita a convenção de Haia para beneficiar um garoto e seu pai, porém ignora a mesmo princípio da justiça permanecendo em um país, desprezando a Convenção de Genebra e os direitos humanos. Não aprovo, não sou favorável, vejo injustiça, perseguição na ilha dos Castros (pobre povo da ilha), no entanto um erro não conserta outro.

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