Um caminho aos vereadores de São Lourenço da Mata – o assumir das cadeiras e seus desdobramentos:


Foto: blog do Brito


A posse do Legislativo e Executivo na Câmara foram bastante concorridas, tendo plenário, galerias e área externa totalmente ocupados. É verdade que a Casa Jair Pereira não comporta mais que cento e cinquenta pessoas no plenário e, nos arredores, interna e externamente – cerca de trezentas pessoas. Amigos, curiosos, notáveis e pretensos nas proximidades. A imprensa local, blogs, rádio, etc., acotovelaram-se para filmar, fotografar, registrar – blog do Brito, slnet1.com cobrindo e também o Generalidades (este e os demais, transmitindo). O momento foi ímpar, uma câmara com maior número de vereadores, heterogeneidade destes, claro que parte deles já conhecidos da Casa, pela reeleição:

Leonardo Barbosa, último presidente da câmara, Antônio Manga, Gilberto Monteiro e José Leopoldo, eleito atual presidente. Alguns aspectos do evento e pessoas:

Da mesa diretora, a presidência é, de longe, a função mais visível, as demais ocupações são mais figurativas, do ponto de vista parlamentar – população; então, os demais componentes, novatos, estejam cientes. É provável que tenhamos mais debates, falas com melhor elaboração. Alguns vereadores tinham discurso sofrível, atropelado ou quase inexistente. O ponto não é vetar o comentário de algum eleito mais simples no falar, no entanto lembro que o vereador, entre outras responsabilidades, formula leis, carrega muita responsabilidade. 

Na Casa, mais conscientização das responsabilidades, pois o cargo exige serviço, não boçalidade (que no fundo é uma tremenda besteira e só afasta). A população estará mais atenta e mesmo havendo alguns do povo que não ajudem, há os que através da cobrança o farão. José Leopoldo portou-se na legislatura passada, em plenário e tribuna com postura parlamentar: falou o necessário, foi veemente no preciso e já declarou que irá prosseguir com uma câmara aberta, disponível e localizável – via internet, aumentado a visibilidade, ampliando o conhecimento das ações através de rádio, jornal e presença nas comunidades. 

Bom é fazer semelhante aos japoneses, como tem sido apresentado neste caso, melhorando a roda, não a reinventando. Dos que estão chegando, dois, os quais conheço relativamente, terão, acredito, boa participação: André Melo, com um discurso equilibrado, bem dosado e focalizado, representará oposição melhor preparada; irmão Manoel, será bem aguerrido e não “arredará o pé” de uma boa discussão, além de ser articulado. Quanto aos demais, como os conheço pouquíssimo, nestes quesitos deixarei melhores comentários a posteriori. 

Da multidão heterogênea: parentes, aderentes, alguns buscando “lugar ao sol” (aqui, na câmara), oportunistas de plantão (há pessoas tentando “profissionalizar-se” no município), supostos futuros assessores que muito pouco contribuirão com o vereador e o povo, uma vez que o edil precisará de bons braços direitos, saudáveis, não viciados. A posse foi rápida, proclamada pelo vereador irmão do Bolo, o mais votado, lendo os termos e obrigações de quem assume e portando-se adequadamente. O prefeito foi conciso em sua fala, coincidindo com sua saída rápida do local, acompanhado de esposa e filho. Labanca deixou para os afagos, o secretariado e o vice-prefeito. Importante e notadas as presenças do judiciário, comando do vigésimo batalhão e deputado federal Anderson Ferreira, este teve o irmão Manoel como forte cabo eleitoral na campanha deste deputado.

A cidade respira política, ajudada por alguns segmentos: as rádios, a exemplo da Renascer e Damata, ambas têm programas que tratam de política e cidadania, tanto pela manhã quanto pela tarde. Os blogs e sites tomaram dimensão maior, saíram do suposto amadorismo (é certo que alguns ainda são assim – inconsequentes, sensacionalistas e simples copiadores – é preciso também buscar a informação, dá-la com os próprios textos, não só a reprodução alheia. Mesmo portando-se assim, são importantes por oferecerem certo contraditório, fazendo com que pensemos se as coisas são como escrevem, ou se são apenas rebeldes sem causa, agitadores de má fé.) e mostraram boa capacidade analítica. São ainda ignorados por parcelas governamentais (no que diz respeito à colaboração precisa no andamento da cidade), porém têm sido de grande valia ao município. Não ignoro que existam outros descrentes, contudo esse divulgadores já tem provado sua utilidade.

As tarefas, obrigações, necessidades e dimensões da cidade estão avolumando-se e não há nenhuma novidade nisso. Mesmo assim é preciso com certa periodicidade lembrar aos que chegam e aos que os colocam lá. O caso aqui é o legislativo, todavia o executivo também deve ser alvo das atitudes.

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