Sabedoria Universitária - animais gigantes 2:


Sei que prometi uma postagem sobre minha viagem à Tapacurá, mas acontece que eu não pude ir devido a uma virose. Mas nossa lista continua. 

Continuando com esses animais que realmente impressionam, eis que vos apresento o majestoso Tubarão Baleia (Rhincodon typus). Se na postagem anterior eu lhes apresentei um medo pessoal, eu digo que esta contém um animal que eu profundamente admiro. A grandeza e a docilidade desse gigante dos mares são seu cartão de visita.

Da ordem Orectolobiformes, possui características singulares como a coloração dorsal variando entre cinza-azulado e amarronzado com padrão de manchas circulares claras, dispostas em faixas longitudinais e transversais e três quilhas em cada lado do corpo que se estendem desde as fendas branquiais até o pedúnculo caudal. 


É o maior peixe vivo, título merecido já que ele pode atingir mais de 18 metros de comprimento. Ao contrário de outros tubarões predadores, tem o nado lento e é extremamente dócil e inofensivo ao ser humano. Podem ser encontrados em todos os oceanos tropicais e subtropicais, tendo como exceção o Mar Mediterrâneo. São encontrados quase sempre em mar aberto, dado o seu tamanho, preferem águas profundas. Mas, em algumas ocasiões pode ser observado em zonas costeiras e recifes de coral; ainda mais raro, porém possível, ele adentre em lagoas de atóis. Contrastando com a maioria dos tubarões da ordem Orectolobiformes, que são espécies bentônicas, o tubarão-baleia possui hábito pelágico. São peixes altamente migratórios, capazes de realizar movimentos transoceânicos e mergulhar a profundidades maiores que 2000 m.
O primeiro tubarão-baleia conhecido pela ciência foi um espécime capturado em Cabo da Boa Esperança, África do Sul, em 1828 e até 1986 somente 320 observações haviam sido citadas em toda a literatura científica. Hoje, registros são mais frequentes, e o tubarão-baleia está sendo encontrado e estudado em diversos locais do mundo, em todos os oceanos. Apesar disso, sabe-se relativamente pouco sobre a história natural ou biologia do tubarão-baleia.
Estes gigantes dos mares, alimentam-se de presas planctônicas e nectônicas (São os que se movem livremente na coluna de água, com o auxílio dos seus órgãos de locomoção: as barbatanas ou outros apêndices), incluindo pequenos crustáceos, cardumes de pequenos peixes (sardinhas e anchovas) e ocasionalmente, algumas presas maiores como pequenos atuns e lulas. 
O tubarão-baleia é o único das três espécies de tubarões filtradores que não necessita estar em constante movimento para fazer a filtração, uma vez que possui um mecanismo versátil de sucção que permite puxar a água para sua boca com uma velocidade maior que a alcançada pelos outros tubarões filtradores, possibilitando uma maior captura de agregações de presas nectônicas e zooplanctônicas. 
O tubarão-baleia ocorre em praticamente toda a costa do Brasil, desde o Ceará, passando pelo Rio Grande. A primeira ocorrência em águas brasileiras aconteceu no arquipélago de Abrolhos tendo sido registrada por um pesquisador americano Eugene W. Gudger no ano de 1922. Existem registros na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina até o Rio Grande do Sul. Ainda assim, seus registros em litoral brasileiro são raros. Com várias das citações tendo sido publicadas apenas de alguns anos para cá e muitas destas de espécimes observados na plataforma continental, incluindo animais avistados em mergulhos ou mesmo encalhados. 
As informações sobre a reprodução e desenvolvimento dos tubarões-baleia ainda são escassas, existindo muita discussão sobre o modo de desenvolvimento dos mesmos. Em julho de 1995, porém, uma fêmea, de aproximadamente 11 m, foi capturada na costa leste de Taiwan, tendo sido encontrados em seus úteros 300 embriões (maior fecundidade de todos os elasmobrânquios) medindo de 42 a 63 cm de comprimento, esta foi a confirmação de que a espécie possui um modo de desenvolvimento dos embriões na forma ovovivípara. 

Compartilhando um sonho pessoal com vocês; um dia eu espero nadar ao lado desse gigante. Quem sabe jogar um pouco de luz sobre os mistérios que ainda o envolvem. Torçam por mim. Abraços. 

Referencia: https://www.facebook.com/tubaraobaleia



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