Eleições 2014: a junção de dois paradoxos em apenas uma fábula:

O escorpião e o sapo - é uma fábula sobre um escorpião que pede a um sapo que o leve através de um rio. O sapo tem medo de ser picado durante a viagem, mas o escorpião argumenta que se picar o sapo, o sapo iria afundar e o escorpião iria se afogar. O sapo concorda e começa a carregar o escorpião, mas no meio do caminho, o escorpião, de fato, ferroa o sapo, condenando ambos. Quando perguntado por que, o escorpião responde que esta é a sua natureza.

Alguns políticos fazem tal qual a fábula. Não há novidades nem absurdos aparentes. Fazer o papel de escorpião e a população, o de sapo é bem conhecido e após tantas repetições deveríamos já ter aprendido que em certos "animais" não se pode confiar, mesmo sob o juramento solene da honestidade e solidariedade na desgraça. Não adianta. Após os malfeitos malfeitos (não é um erro de repetição) descobertos, pagam muito ou pouco pelo que fizeram. Eles também padecem pelo erro, no entanto não querem saber disso, importam-se apenas em "se darem bem" na vilania praticada. É deputado descoberto com propina da merenda escolar, secretário de "olhos fechados" no desvio financeiro da saúde, prefeito omisso de forma propositada na atenção a locais de risco, vereador aproveitando-se do cargo para trocas excusas, senador perpetuando-se no poder pelo força do dinheiro, etc. 
Mais uma vez, sabemos através de reportagens, notícias, conversas, testemunhos e assim por diante, nada de novo. Ainda assim é possível ser pior: quando o escorpião está "do outro lado", é parte do povo e a picada vai não só atingir-lhe, mas também seus próximos, parentes, amigos. É quase-inconcebível que pessoas do populacho ajam desta maneira, porém fazem. Temos uma perpetuação de políticos corruptos devido à forte "colaboração" de quem está entre o povo. 
De nada adianta expor à exaustão figuras proeminentes, dos mais variados partidos e esferas governamentais pelos seus atos sem que a "galera" de baixo não convença aos seus de que qualquer vantagem ilícita recebida e / ou praticada se voltará. Ouvi certa vez a história que relatava do indivíduo chateado com o comício perto de casa. Em meio à multidão, ele, aborrecido demasiadamente com todo o "fuzuê", resolve arremessar uma pedra contra o candidato. Ele escapa sem que ninguém o perceba. Mais tarde, em casa, o rapaz recebe a notícia que sua mãe sofrera um atentado: um doido desconhecido jogara uma pedra em um comício atingindo a genitora. É assim mesmo. Triste e simples.

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