Eleições 2014, lanterna diurna:

Lá vem Diógenes (de Sínope) novamente. Ele é mais uma vez necessário. Entre tantos fatos de sua vida, um aspecto era marcante. O fato de andar de vez em quando com uma lamparina em pleno dia à procura de homens verdadeiros. Parecia um contrassenso entre o momento do dia e o instrumento utilizado. Longe da inutilidade, a lanterna (ele, sábio) buscava homens virtuosos, já nos séculos V, IV a.C.
Neste aspecto, devemos continuar a busca que é (deve ser) sempre incansável, já que tudo o que sabemos sobre quem ocupa / ocupará as cadeiras é insuficiente. Ainda, os atos podem mudar ao sabor das conveniências, partidos, alianças... E é nisso que devemos focar bem, porque a alma humana despida de ética política realizará as mais infames ações em benefício próprio e de seus apaniguados.
Usar o dispositivo luminoso no claro diário vem aqui como uma metáfora da percepção exata, perfeita, procura inteligente e capaz de discernir quem é quem, quem faz / fez o que e assim ir mais longe - evitar / retirar tais indivíduos. O publicado não serve aos "idiótes" (Na Grécia antiga fazia-se o contraste entre o koinón, equivalente ao público, e o ídion, o equivalente ao privado. Deste último termo, veio a expressão pejorativa idiótes, com o sentido de vulgar, de ignorante, de pessoa que apenas se preocupava consigo mesmo, em oposição ao polítes, ao cidadão. Deu em latim, idiota, o mesmo que estúpido.), mas aos "polítes".


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