Pensando em minha pequena insatisfação por uma ausência não desejada sentei-me diante da tela eletrônica, olhando de vez em quando para a grade no terraço e mais além, observando a árvore frondosa com fundo celestial; também aguardando a vinda do casal de bem-te-vis, que investigam minha lâmpada da sala diariamente e olham-me desconfiados, tudo isso foi acalmando-me, como ficava em algumas noites na infância quando ia ao quarto dos meus pais, deitava ao lado de minha mãe, colocava nos olhos uma parte da camisola dela e rapidamente dormia.
Agora não dá mais para fazer isso, no entanto a lembrança boa fez-me muito bem.
Não vivo (só) delas, da mesma forma não vivo sem elas, a maioria registrada e relembrada em momentos especiais, como hoje.
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