Olhar internacional - Inglaterra, União Europeia e alguns pontos (quase) omissos:

Um dos países defensores da abolição escravocrata no século XIX, a Inglaterra, no referendo do "Brexit" (retirada da Grã-bretanha da União Europeia) teve sua saída apontada pela maioria da população. Embora pesquisas fizessem previsões à não-separação (o que me parecia ou tentativa de convencer, enrolar população inglesa e de outros países ou esquerdismo publicitário), a maior parte ajuizada venceu.
A mídia internacional fala sobre prejuízo financeiro (a Inglaterra é a quinta economia do mundo), orgulho nacional, lamento dos jovens, questões de unidade e força do continente, etc., como prejudiciais aos habitantes das ilhas. O quê andam deixando de mencionar?

Há uma ideia de muitas décadas sobre um governo global, centrado em uma elite que daria as "regras do jogo", fazendo com que nações perdessem sua soberania e era isso que estava acontecendo com a Inglaterra. A perda financeira para o bloco é o lamento coletivo, porém se em detrimento de um lucro do grupo, os ingleses perdem seu poder financeiro, problemas deles, um pensamento, uma vez que agora o prejuízo será arcado pela Alemanha (com excedentes financeiros e sem querer perdê-los, claro) e França, sem ter outro país para exaurir riquezas.

Com esse recuo, as ilhas britânicas voltam a ter soberania plena de suas fronteiras, política, tesouro, economia e constituição, para começar. Vi em reportagens que parte da população que reclamou, votou contra por não ter mais livre acesso continental, ao passo que outro grupo, mais conservador votou a favor. É claro que alguém maduro, que possui família, pessoas para criar e pensa na aposentadoria tem uma visão diferente de quem é jovem e ainda pretende arrumar trabalho fora do país e / ou ser mochileiro. Sua preocupação é apenas burocracia, independência pessoal, não nacional.

A escravidão no mundo, a Inglaterra ajudou a livrar. Agora é a escravidão do mundo que ela votou para desvencilhar.



Adendo:


"PRA SABER COMO A ESQUERDA AMA OS POBRES:
Resultados interessantes de uma pesquisa de opinião da The Economist sobre o Brexit:
Entre os conservadores (direita): 38 ficar, 53 sair, 8 não sabem.
Entre os trabalhistas (esquerda): 65 ficar, 28 sair, 8 não sabem.
Entre os homens: 41 ficar, 41 sair, 6 não sabem.
Entre as mulheres: 37 ficar, 39 sair, 10 não sabem.
Entre os ricos: 54 ficar, 37 sair, 7 não sabem.
Entre os pobres: 34 ficar, 53 sair, 11 não sabem.

Grupos que querem ficar: esquerda e ricos.
Grupos que querem sair: conservadores, mulheres e pobres.
MAIS uma vez, como tem sido há bons tempos, o esquerdismo está associado às vontades das elites autoproclamadas sábias e poderosas, representadas pelo establishment político e, no caso europeu, pela eurocracia de Bruxelas.".



Uma RAINHA, IDOSA, CONSERVADORA, carrega sua sombrinha. - Elizabeth II.
Uma PREFEITA, JOVEM, SOCIALISTA, tem sua sombrinha carregada por um assessor - Anne Hidalgo.


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