A travessia é denunciada pelas marolas provocadas no deslocamento da balsa, já componente na paisagem ribeirinha. As águas possuem certa beleza, ainda que castigada por pessoas e mesmo por maiores responsáveis. Nenhum de nós está isento de sua limpeza, ou deixando de sujar ou relembrando de sua preservação.
Entre uma ou duas esticadas que o barqueiro dá no cabo, emite um resmungo (já característico, porque das muitas vezes que atravessei, comumente ouvi), como uma quebra do silêncio da travessia, um convite à meditação simples focando a distância fluvial.
Se noto o reluzir solar em sua água, preciso perceber o que o refletor é para mim: paisagem e/ou preservação? Se apenas o primeiro, vejo poesia, mas não é só isso. Se vejo também o segundo, cuidarei do que gosto e é identidade municipal.
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