Isso pode ser observado em uma visita rápida a um campus universitário, mas não é necessário realizar essa expedição antropológica excêntrica para entender do que estou falando. Basta ligar a TV, ou abrir um jornal, e você verá um punhado de exemplos que ilustram com perfeição a dificuldade quase intransponível que a esquerda enfrenta para aprender com a realidade.
Talvez um dos exemplos mais emblemáticos disso seja a postura que a mídia adotou após a vitória eleitoral do Presidente Donald Trump. A grande mídia, que nunca escondeu sua intenção de empurrar a Hillary goela abaixo dos americanos, ainda não entendeu por que foi ignorada. Na cabeça dos jornalistas, a candidata deles perdeu porque eles não fizeram o suficiente para rotular como racistas, sexistas, homofóbicos e islamofóbicos os candidatos republicanos e seus apoiadores, quando a verdade é que eles perderam justamente por abusar desse expediente, explorando-o para além de todos os limites da verossimilhança.
Como são incapazes de apreender esse fato simples, optaram por dobrar a aposta e, em vez de fazer um mea culpa e tentar sair da bolha em que vivem, estão exagerando ainda mais na rotulação e na adjetivação, chamando de racista, de machista e de outras platitudes cada um dos indivíduos que o novo presidente escolhe para integrar o seu governo. Fazem isso na esperança de que essa estratégia lhes dê a vitória nas próximas batalhas, mas, como nos mostram o Brexit, o referendo colombiano, a eleição do Macri na Argentina e a do Trump nos Estados Unidos, o feitiço foi quebrado e essa estratégia agora só funciona com pessoas fracas, de personalidades frágeis, que jamais ousam discordar do pensamento dominante por medo de serem considerados anormais — o que significa que podemos esperar ainda muitas vitórias do povo, do homem real, contra o consórcio das elites progressistas e o conjunto de valores postiços e imorais que desejam impor sobre nós.
Filipe G. Martins
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