"Acontece que Marx estava errado. O valor não nasce do trabalho que é colocado. Eu posso passar horas trabalhando para pintar um quadro e eu garanto que esse quadro não vai valer nada quando estiver pronto. O trabalho é um dos elementos, mas quem atribui valor é o ser humano que está comprando algo. As coisas não têm um valor em si, o ser humano atribui valor a elas. Um copo d'água tem um determinado valor em Porto Alegre ou em São Paulo e tem um outro valor no deserto do Saara, porque nós atribuímos um valor diferente para as coisas. A teoria do valor-trabalho está errada e ela foi desmentida pelos austríacos. Começou na escola austríaca com Carl Menger, a demonstração que essa ideia de valor-trabalho é economicamente falsa, e sendo economicamente falsa todo o resto do marxismo que está sustentado nessa ideia deveria ter caído por terra. E porque é que não caiu por terra? É porque aos marxistas, talvez não a Marx, mas aos marxistas pouco interessa a verdade científica do que disse Marx. Interessa mais a teoria da revolução que derivou de um erro.
"O pessoal pensa que o movimento comunista se define por uma ideologia. O movimento comunista já trocou de ideologia 'um bilhão de vezes', ou seja, Karl Marx começa dizendo que o movimento socialista é a expressão do interesse subjetivo do proletariado. Passados cento e poucos anos, o teórico novo do movimento comunista, Ernesto Laclan, diz o seguinte: 'A propaganda do partido cria a classe social que ele em seguida vai representar'. A teoria inversa, mas ela continua com o mesmo nome, continua sendo marxismo. Isto é próprio do pensamento dialético - converter-se no seu contrário quantas vezes for necessário. O comunismo não é uma ideologia de maneira alguma, é uma cultura.".
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