Nem todo domingo eu vejo Dona Alzira. Já idosa, devagar nos passos, porém cheia de vida transbordante, vem por ali e senta-se num lugarzinho confortável no imóvel religioso. Quando ela está em condições, caminha até a reunião e compartilhamos de nossa fé na fé dos demais. O corpo não acompanha o espírito, compreensível porque essa casca frágil vai desvanecendo com o passar dos anos e ninguém que sobreviva a essa idade já avançada possui mais tanto viço, como no outrora juvenil, mas isso não importa à espiritualidade, pelo contrário. Nesse rumo de décadas aprendemos com certa prática a conhecer mais o Criador, e isso é evidente nela.
Então não muito tempo depois chega Marcelo, homem feito, pleno de força e disposição, vários filhos, esposa amorosa e cuidadora, ele, chega ao local e vendo sua mãe, pede licença a quem está nas cadeiras ao lado, ajoelha-se diante da cadeira que Dona Alzira está sentada, beija-lhe a mão, pede-lhe a bênção e a abraça. O rosto do neto, filho de Marcelo se irradia em um sorriso e este é semelhante ao dela, enquanto demoradamente ficam apertados.
De longe, não muito, eu vejo aquilo e uma lágrima que não ligo a mínima por ter caído, molha a tela do celular. Como uma identidade real no objeto, testemunha da fortaleza de um bem criado filho já crescido, agachando-se para que de maneira figurada lembre que ainda lhe é respeitoso, retribui em parte a quem imitou e imita o amor de Cristo.
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