A (IN)AUTORIDADE MORAL DA ONU EM 11 MOMENTOS DE 2016:

Por Filipe G. Martins.

A ONU ainda desfruta de muito prestígio entre as pessoas comuns e, normalmente, quem não está atento aos meandros da política internacional atribui às agências que integram o Sistema ONU uma autoridade moral elevada, conferindo às resoluções e recomendações do monstrengo intergovernamental muito mais crédito do que elas merecem. Esse é um assunto complexo e poderia preencher livros inteiros, mas para que vocês tenham uma idéia da encrenca eu compilei alguns fatos (todos de 2016) que demonstram a baixeza moral que impera por ali:

01. Ditaduras como Cuba, China e Arábia Saudita integram o Conselho de Direitos Humanos da ONU;

02. Esse mesmo Conselho de Direitos Humanos observou um minuto de silêncio em sinal de pesar pela morte de Fidel Castro, um ditador sanguinário que jamais demonstrou qualquer respeito pelos direitos humanos mais básicos — o ditador também foi homenageado em duas ocasiões diferentes pela Assembléia Geral da ONU;

03. O UNHRC — como é conhecido o Conselho de Direitos Humanos da ONU — também negou a existência de fome epidêmica na Venezuela, usando como base para esse posicionamento um relatório feito pelo governo de Nicolas Maduro, e assinado por quinhentas ONGs falsas, com o intuito de louvar o governo comunista e seus esforços para combater a fome (SIC). Na lista de ONGs que assinaram o relatório aparecem nomes como "Associação Boliviana de Baseball", "Federação Cubana de Esportes Caninos" e "Associação das Coisas Óbvias";

04. Países misóginos como o Irã integram a ONU Mulheres, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres;

05. O último Secretário Geral Ban Ki-moon admitiu ter retirado a Arábia Saudita da lista de países que assassinam crianças (os sauditas mataram 510 crianças em bombardeios realizados no Iêmen) após ser chantageado pelo regime wahhabista, que ameaçou emitir uma fatwa declarando a ONU inimiga do Islã e convidando todos os países islâmicos a cortar o envio de dinheiro para a organização;

06. Anders Kompass, um oficial da ONU que denunciou a prática de abuso sexual infantil por agentes da organização e foi punido por isso, renunciou ao seu cargo após se deparar com os esforços das autoridades para abafar os casos e descobrir que os responsáveis por abuso não seriam punidos;

07. O Comitê dos Direitos Humanos da ONU declarou que o aborto é um direito humano e condenou o Peru por proibir a prática, além de ter solicitado que a Irlanda alterasse sua constituição federal para descriminalizar o aborto;

08. Uma resolução da Unesco negou o vínculo milenar de Israel e do povo judeu com a cidade de Jerusalém, referindo-se ao monte do templo apenas por suas designações islâmicas;

09. O Relator Especial das Nações Unidas, Idriss Jazairy, visitou o Sudão e declarou que o governo de Omar al-Bashir, um genocida responsável pela morte de 450 mil pessoas, é uma vítima de violações dos direitos humanos por parte dos países ocidentais;

10. A ONU elegeu como Secretário Geral, sua autoridade máxima, o português Antônio Guterres, que conta com um longo histórico de serviço à causa revolucionária — membro do Partido Socialista Português desde sua fundação em 1973, foi secretário-geral deste mesmo partido de 1992 a 2002, período em que também fez parte da cúpula da Internacional Socialista, primeiro como vice-presidente e depois como presidente. Durante sete anos, ele também esteve à frente do governo de Portugal, oportunidade que aproveitou para demonstrar toda sua habilidade como interventor obsessivo e péssimo gestor, um sujeito tão ávido em desperdiçar o dinheiro público quanto em promover a agenda dos engenheiros sociais globalista.

11. Ao longo do ano, a Assembléia Geral da ONU aprovou vinte resoluções contra Israel (a única democracia funcional do Oriente Médio) e apenas quatro contra o restante do mundo, revelando seu caráter claramente anti-Israel e sua leniência com os abusos cometidos pelos governos de Cuba, China, Arábia Saudita, Turquia e Venezuela.

Lembrem-se disso da próxima vez que vocês ouvirem falar em uma resolução, recomendação ou relatório da ONU.

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