Naquelas turminhas do sexto e sétimo anos, a afobação era evidente. Os meninos cutucavam-se eufóricos pelo primeiro passeio coletivo ao ar livre, ter todos os amiguinhos perto, curtir a natureza e ter instrução extrassala. As meninas preparavam seu caderninho de plantas, disputando, na conversa, quem recolheria o maior número de espécies vegetais, para catalogar o projeto de ciências.
Ainda em sala, a professora Jussara disse:
- Crianças, nem toda a planta, flor deve ser tocada. Antes de fazer isso perguntem à professora se é seguro. Nem sempre o que é agradável aos olhos é para as mãos.
Mas crianças... Bem, prossigamos.
Naquela terça feira, o grupo de cinco professores e vinte alunos seguia alegremente pela vegetação, olhando pássaros, répteis, acompanhando os cursos d´água, tendo aquele momento aventura.
Uma das alunas, muito ingênua, a cada planta que considerasse interessante, exclamava: Ai, que bonitinhoooo! E punha a mão. Já havíamos advertido no passeio o mesmo aviso que a Jussara dissera dias antes. Mas, crianças...
Ai, que bonitinho!
Ai, que bonitinho!
Ai, que bonitinho!
Ai! Está doendo!
Ela pusera a mão em uma urtiga brava. Tive pena da gêmea um, enquanto a dois corria para ajudar a irmã. Examinamos a parte dolorida, aplicamos medicamento no local e seguimos com a bichinha choramingando. No fim do passeio já doía pouco e ela aprendera a lição tão repetida por nós.
Agora, convenhamos. Você conheceu a história. Não se apresse para republicar, postar algo que leia. Veja realmente se é real, justo e verdadeiro. A pressa atrapalha, a atenção esclarece.
Agora, convenhamos. Você conheceu a história. Não se apresse para republicar, postar algo que leia. Veja realmente se é real, justo e verdadeiro. A pressa atrapalha, a atenção esclarece.
0 Comentários