Discrição não é um defeito:

Acho graça, humor mesmo, não desdém, quando alguém descobre que por trás da voz e dos textos está alguém que não condiz com a imaginação alheia. Das muitas vezes, recordo-me de três: a mais recente, de um eletricista, que me vendo em roupas bem simples, precisou de um tempo para juntar os pontos entre um blog bem acessado e seu organizador bem à frente: "Não parece o blogueiro que tanta (acho que ele exagerou) gente me mostra e recomenda"; a segunda lembrança foi um corretor, que achava ser alguém com um metro e oitenta e cinco por trás daquela voz grave. Sou bem menor que isso; a terceira foi uma jovem, crente que eu tinha mais de sessenta anos: "Sou só um quarentão, por enquanto". Respondi com um riso, finalizando.

Cabe aqui o motivo pelo qual o texto está sendo produzido: Tôca, que me ouve uma vez ou outra, felicitando-me pelas opiniões, na semana passada e eu agradecendo, sem falsa modéstia, nem vaidade estúpida. 

Sei, mais uma vez (em outros escritos já deixei testemunhado), da responsabilidade dupla por aqui - a ética acima da comum, ao sabor das conveniências, Deus e as pessoas de bem alertem-me dessa, e o compromisso espiritual por isso, por responder acima pelo que faço e deixo de fazer.

A quem exprime ponto de vista de forma escrita ou falada, o quê importa é o texto, discurso, e sua utilidade aos que se apropriam beneficamente deles, fazem utilização correta e honesta. No mais é, novamente, de pequena importância o autor. Neste aspecto, permanecer semi-incógnito aponta para uma qualidade não forçada, porém quando necessária, essa "aparição" acontecerá. 

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