"Um presidente é autoritário por buscar a expansão do seu poder para além dos limites constitucionais":

Por Filipe G. Martins:

"O Trump é tão autoritário, mas tão autoritário que nomeou para a Suprema Corte um juiz que é reconhecido por se opor aos excessos do poder executivo; escolheu como conselheiro de segurança nacional o General H. R. McMaster, autor de um livro que defende a tese de que líderes militares devem resistir a qualquer ordem inadequada do presidente; selecionou ministros que desejam reduzir a autoridade dos ministérios que assumiram; aceitou a decisão do Nono Circuito sobre sua medida executiva que bania o ingresso de nacionais de países com estados falidos; e jamais perde uma oportunidade de transferir o poder federal para os estados e para as autoridades locais.
"Autoritário", na boca da esquerda e de certos liberais, nada mais é do que uma metonímia, a corrupção de um termo técnico para ofender um desafeto político. Um presidente não é autoritário por ser impulsivo ou falastrão, um presidente é autoritário por buscar a expansão do seu poder para além dos limites constitucionais. E, de acordo com esse critério, Trump não só não deu nenhuma demonstração de autoritarismo, como tem caminhado na direção contrária — muito diferente do Obama, um legítimo autoritário, que extrapolou tanto quanto pôde os limites constitucionais do seu cargo e desrespeitou o judiciário, o legislativo e a autonomia dos estados, sem nunca ser criticado pela grande mídia, afinal ele era cool, tinha uma fala mansa e os jornalistas o adoravam."

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