Sobre Cobradores:

Em outros estados são chamados de trocadores e temos uma relação de amor e ódio (hipérbole) com eles, claro, a quem usa o transporte coletivo. Lidar com os humores, sentimentos têm a ver com viver, nada mais humano.

Aquele que ouve o xingamento de usuário sem educação ou alguém exasperado precisa ter mil e uma maneiras de contar, embora números sejam únicos (risos) e de qualquer início de contagem, a estrada numérica é infinita. 

O contrário algumas vezes acontece, não no impropério, exatamente, mas na indisposição. Lembro de um indivíduo que ficava fortemente aborrecido quando precisava trocar mais que vinte reais. Após tantos vinte reais anteriores trocados creio que isso o transtornava.

Ficava preocupado se ele teria um ataque, infarto e para tentar acalmá-lo lamentava o fato. Às vezes não tenho dinheiro miúdo, procuro ter, porém eu passo adiante, portanto, preciso de mais (risos). Aquela indisposição para com ele (e outros), logo passava e lá ia eu novamente usar o ônibus.

A vida do funcionário não é fácil, sei porque testemunho esses e mais atos diários desfavoráveis aos cobradores e quando vejo alguém que é resiliente nesta profissão, fico muitíssimo feliz. Um exemplo é aquela senhora que, já, já encontrarei no coletivo, atende os passageiros com sorriso tal, de tanta gentileza, que me inundo da mesma.

Ela não faz isso porque é uma orientação da empresa (e se faz, pouco importa), andei olhando e o gesto, palavras são tão naturais quanto o amanhecer. Há pessoas diferentes no mundo e que bom haver diferentes para o bem. A gentileza dela inspira-me gentileza, igualmente.

Puxa, estou com vinte reais novamente! E agora!? Bem, tenho ao menos os vinte centavos para facilitar o troco e os procurei em casa com o cuidado de quem tem cuidado em atender-me.

Imagem de: http://onibusbrasil.com/foto/1919849/

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