Dona Isabel vivia no escuro e mesmo sem enxergar se virava com os outros sentidos, ainda assim não encarava com amargura seus dias. Dedicava boa parte do tempo ouvindo rádio e quando eu veiculava o programa de rádio nos sábados, ligava para responder alguma pergunta que eu fizesse ou para escolher a melhor de três.
Um dia a visitei e constatei como ela conseguia escrever suas cartas e poesias: era ajudada no alinhamento da folha e o restante ela ia juntando, devagar, porém sempre.
Cerca de um ano depois, tendo feito uma cirurgia bem sucedida, reencontro-a em um comércio da cidade. Ela sabe quem está ao meu lado, o médico que a atende mensalmente, mas eu, não. Reparei como ela olhava para mim, com bastante curiosidade e até mesmo acreditei que pudesse reconhecer. Após algum tempo ela dirige-se ao doutor, fala com ele e pergunta: - Quem é esse rapaz ao seu lado?
Foi aí que dizendo algumas palavras ela concluiu quem era. Que felicidade! O abraço foi tão significativo e a mensagem muito tocante: - Olhe, doutor, escute esse rapaz. É muito bom conversar com ele.
Ela não estava falando para fazer média porque não precisava nada, nada disso. Disse algo que guardara no coração, aguardando o momento em que, vendo, como no presente, pudesse dizer fitando.
Quer dose melhor!?
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prime...
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