As chuvas, o ciclo e as responsabilidades:

População ribeirinha desassistida, desatenção gestora, impermeabilização do solo, retirada de vegetação nas barreiras e de novo, de novo, de novo...
Vamos tirar as pessoas das áreas de risco? Ah, é muito caro para indenizar; ah, eles vão voltar; ah, na próxima gestão, quem sabe.
Papai, o senhor vai mesmo morar aqui? Ah, filho, não tem outro lugar; ah, aqui é mais barato; ah, gostei do lugar. 
Prefeito, prepare as ações de emergência antecipadamente! Ah, isso não rende voto; ah, ainda não começou a chover; ah, estou ocupado demais com outras coisas mais importantes.

Principais culpados: Deus, Jesus, o Espírito Santo, a mãe natureza, a barreira perversa, o rio malvado, a chuva indesejada...

Politicamente incorreto, ajuizadamente acertado.

P.S.: Corre-se o risco de, em um país com apenas oito por cento de pessoas que sabem ler e interpretar bem um texto (segundo o IBGE) não entenderem o tom irônico do terceiro parágrafo, então deixo claro.

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