Para o SLM na Política - Solicitantes ou Pedintes?

As expressões são sinônimas imperfeitas, uma vez que a primeira tem uma conotação mais positiva que a segunda, embora esta possa ser utilizada. É quanto ao formato ruim da palavra que deve diferenciar as atividades parlamentares. Requerer é uma das características relacionadas ao cargo de vereador. Não são realizadores executivos; obras, melhorias, mudanças são seus pedidos e a depender da coincidência destes com o planejado pela prefeitura ou lado aliado que se escolheu, vão acontecer, se bem que estar coligado não significa intrinsecamente a realização. É preciso vontade e condições (mais a primeira, pois sempre há finanças para contingenciar) para tal.

Após essa introdução ficamos entendidos (tanto a população, que lê, quanto o edil, se esses ainda não compreenderam o limite saudável de quem faz o quê) que não se pode exigir-lhe além do conveniente. A impressão de serem, de alguma forma, realizadores, pode ser algo provocado ou mal visto, uma vez que a prática vem de décadas atrás e confunde a cabeça de ambos, povo e parlamentar. Quando o executivo se ausenta das obrigações, "obriga" outro a fazer algo (uma lâmpada trocada, ou uma cesta básica, por exemplo) e fazendo, cria um ciclo vicioso ao popular, acreditando haver novo gestor na cidade, este não eleito para tal expediente.

Encarar a atividade pública só como alguém assim enfraquece o espírito prescrutador (que vasculha, investiga) da vereança (fiscal, exigidor da ação administrativa). Às vezes o "povo não presta" (quando comporta-se como aproveitador, não cidadão, frequentando a Casa apenas no dia 20), no entanto vereadores trabalham para este povo e os demais que não fazem comunhão nesta prática e querem ver as promessas materializarem-se.

É preciso exigir, pressionar, lançar mão do recurso na tribuna de maneira contundente para que a obra aconteça. Ainda falta alguma perspicácia em solicitar, para que não pareça um favor. É preciso dar brio a esses e são os mesmos a rebrilharem-se.

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