10/11/2017
Mundo
Xi Jinping e Donald Trump expressam opiniões contrárias sobre globalização na cúpula do APEC
O presidente da China, Xi Jinping, defendeu a globalização nesta sexta-feira no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) pouco depois que seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, usasse a mesma bancada para exaltar a bilateralidade.
"Nas últimas décadas, a globalização econômica contribuiu significativamente ao crescimento mundial. E mais, se transformou em uma mudança histórica irreversível", disse Xi na reunião de chefes de Estado e de governo do APEC realizada em Da Nang, no centro do Vietnã.
O líder chinês defendeu uma globalização econômica mais aberta, inclusiva, equilibrada, justa e beneficente para todos.
Também advogou por uma maior integração comercial na região da Ásia e do Pacífico e reforçou sua aposta em um comércio global baseado no multilateralismo.
"Deveríamos apoiar uma visão multilateral do comércio que permita aos membros em desenvolvimento obter um maior benefício do comércio e do investimento", declarou.
Pouco antes e do mesmo palanque, Trump descartou acordos multilaterais como o que forma o APEC e o Tratado Transpacífico (TPP), do qual se retirou em janeiro, e defendeu tratados bilaterais que estabeleçam uma relação "justa e recíproca", com qualquer um que queira e cumpra as regras.
"Não entraremos em acordos grandes que nos mantenham de mãos atadas. Devemos assegurar que todo mundo cumpre as regras, o que agora nem todos fazem", opinou Trump.
"Foram perdidas muitas oportunidades para o benefício mútuo porque há gente na qual não se pode confiar, que não segue as regras. Não podemos nem vamos mais permitir isso", acrescentou o governante americano.
Trump comentou que no passado os EUA abriram sua economia sem pôr condições, mas que esta atitude não foi correspondida, e denunciou que a Organização Mundial do Comércio admitiu o ingresso de países que não cumpriram as normas da instituição.
O APEC, fundado em 1989, tem estipulado o objetivo de estabelecer uma zona de livre-comércio entre as 21 economias dos Estados-membros para o ano 2020.
Os membros deste bloco são Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Rússia, Cingapura, Taipé, Tailândia e Vietnã.
O APEC representa 59% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 49% do comércio global e forma um mercado de 2,85 bilhões de consumidores.
EFE
Theresa May confirma saída do Reino Unido da UE para dia 29 de março de 2019
A retirada do Reino Unido da União Europeia (UE) se materializará às 23h GMT, do dia 29 de março de 2019, segundo informou nesta sexta-feira a primeira-ministra britânica, Theresa May.
Esta data será emendada no projeto de lei sobre o "brexit" - a saída britânica do bloco europeu -, que será debatido na próxima semana no Parlamento e que, uma vez aprovado, autorizará a desconexão do país da UE.
Em um artigo publicado hoje no jornal "The Daily Telegraph", a primeira-ministra disse que a decisão de colocar o momento preciso do "brexit" tem como objetivo demonstrar a determinação do seu governo de completar este processo.
"Que ninguém tenha dúvida da nossa determinação ou questione o nosso propósito de que o 'brexit' está ocorrendo", escreve a primeira-ministra, que ficou enfraquecida após perder a maioria absoluta nas eleições gerais realizadas em junho passado.
"(A data) será (escrita) em preto e branco na capa desta histórica peça de legislação. O Reino Unido estará saindo da UE no dia 29 de março de 2019, às 23h GMT", acrescentou.
Essa legislação, intitulada Projeto de Lei sobre a Retirada da UE, já superou sua segunda leitura e entrará na próxima semana na fase de comitê, em que são esperadas alterações.
Segundo explica Theresa May, a maioria da população quer que os políticos "se unam" para negociar um bom acordo do "brexit".
Ela também indicou que está disposta a escutar propostas dos deputados para melhorar este projeto de lei, mas advertiu sobre qualquer tentativa por deter seu curso parlamentar.
"Não vamos tolerar tentativas de qualquer lado para utilizar o processo de emendas a este projeto de lei como mecanismo para bloquear a vontade democrática do povo britânico ao tentar desacelerar ou deter nossa saída da UE", afirmou.
A primeira-ministra ressalta que este projeto legislativo é "fundamental" para conseguir um "brexit" ordenado.
As negociações entre Londres e Bruxelas estão em sua sexta rodada, sem que tenha ocorrido qualquer progresso nos termos de ruptura, criando uma grande incerteza para as empresas e comunitários que vivem no Reino Unido.
EFE
Brasil
Sobrevivente do Holocausto, polonês diz cumprir "missão" no Brasil
O polonês Julian Gartner sobreviveu ao Holocausto, a cinco campos de concentração e agora, aos 93 anos, sorri após todo o sofrimento que teve na juventude e diz ter no Brasil a "missão" de "perpetuar" o que realmente aconteceu no maior genocídio do século XX.
Filho de judeus, Gartner perdeu seus pais em um campo de concentração e, em 1947, emigrou para o Brasil, onde há alguns anos colabora com o Museu da Imigração Judaica, que neste domingo abrirá ao público o primeiro Memorial do Holocausto de São Paulo.
"O Holocausto foi uma tragédia. Doeu muito ver os rostos nas fotos das pessoas inocentes que foram presas durante anos", contou o polonês ao observar uma das imagens expostas no Memorial.
Na fotografia descrita por Gartner é possível ver o olhar de desespero das prisões em Ebensee, um dos maiores campos de concentração de Mauthausen, na Áustria, uma situação que ainda o emociona depois de mais de sete décadas.
Apesar das dificuldades do seu passado, o polonês mantém um sorriso no rosto, pois acredita que sua visão positiva permitiu que ele sobrevivesse ao nazismo.
"A minha proposta de vida é ver as coisas pelo lado positivo. Chorar não choro, porque as lágrimas secaram há muito tempo. Tenho todos os sentimentos normais de um ser humano", disse ele em entrevista à Agência Efe.
Gartner enfrentou a Segunda Guerra Mundial com 15 anos e passou por cinco campos de concentração em outros países, de onde observou de perto a morte de muitos companheiros.
"Eu não estava acostumado a falar do assunto até passar pelo campo de extermínio de Majdanek (Polônia) mais de 70 anos depois da guerra. Ainda há montanhas de cinzas de pessoas que foram queimadas lá, inclusive meus pais, e isso me afetou. A partir desse momento, pensei que isso não poderia ser silenciado e abracei essa missão", afirmou.
No Brasil, Gartner tornou-se um estudioso da Segunda Guerra Mundial e acredita que a abertura do Memorial do Holocausto evitará o esquecimento de um dos episódios mais obscuros da História, "um verdadeiro período de medo e terror".
Enquanto passeia pelo Memorial, o polonês lembra alguns episódios do seu passado. Durante dez meses ficou escondido - "sem dinheiro, sem roupa" - e se alimentando dos restos de comida que alguns vizinhos deixavam na porta de casa para os cachorros.
"Se alguém os flagrasse dando comida aos judeus, seriam castigados com a pena de morte", disse.
Gartner passou pelo gueto judeu da Cracóvia, retratado no filme "A Lista de Schindler" (1993), onde as condições eram muito precárias, como se vê na réplica de um dos quartos dos campos de concentração.
Apesar de não contar com muitas peças originais, o Memorial submerge o espectador na história do Holocausto através de uma visita que começa com a famosa frase do campo de concentração de Auschwitz: "O trabalho nos torna livres".
Em um espaço de 160 metros quadrados, além dos quadros explicativos sobre o que foi o genocídio, há réplicas de desenhos feitos por prisioneiros, uniformes usados pelos judeus e um vídeo que mostra as atrocidades cometidas pelos nazistas.
"A Alemanha se tornou um país de 'serial killers' durante o Holocausto. Quem cometeu o Holocausto não foi só o governo e o exército, mas também a sociedade civil, política e militar da Alemanha", disse à Efe o cineasta e especialista no tema, Márcio Pitliuk.
"Foi um projeto planejado, executado por universitários e a elite alemã, o que faz do Holocausto um fato único", acrescentou.
Pitliuk, junto com Caio Cobra, levou até o cinema a história de Gartner com o documentário "Sobrevivi ao Holocausto", que percorre 15 cidades da Polônia, Áustria, Itália, França e Brasil promovendo um encontro entre o passado e o presente.
O curador do Memorial, Luiz Rampazzo, destacou o objetivo didático da exposição para transmitir ao público brasileiro, especialmente aos mais jovens, o que foi o Holocausto.
"O principal é levar a reflexão sobre o ódio e o racismo e fazer pensar sobre a nossa própria intolerância", explicou Rampazzo.
EFE
Incêndio Nas Instalações Do Projac Da Rede Globo
Um incêndio atinge no início dessa noite de quinta-feira um dos galpões dos Estúdios Globo/Projac, da Rede Globo de Televisão, no bairro de Curicica, na zona oeste do Rio de Janeiro. Não há informações de possíveis feridos. As chamas estão sendo combatidos por Militares do Quartel de Jacarepaguá. Segundo a emissora, o incêndio teve início por volta das dezoito horas, e o local foi rapidamente evacuado. Nesse local estava sendo gravada uma próxima novela da emissora. Com informações de Veja Rio. #CriticaNacional #TrueNews
Pernambuco
Confira os nomes dos alvos da Operação da PF em Pernambuco
Em entrevista coletiva concedida no final da manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal detalhou a Operação Torrentes, deflagrada desde as primeiras horas do dia para desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. Ao todo 70 mandados judiciais estão sendo cumpridos no estado, sendo 15 de prisões temporárias, 19 de conduções coercitivas e 36 de busca e apreensão. A ação tem como alvos o Palácio Campo das Princesas (sede do governo do estado), o prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, além de imóveis nos bairros da Torre, Graças e Beberibe - todos do Recife - e de Casa Caiada, em Olinda.
Foram cumpridos dois mandados de condução coercitiva contra militares, inclusive da alta cúpula da corporação: ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Carlos D’Albuquerque, o coronel Mário Cavalvanti, coronel Jair Carneiro Leão, capitão Rolney Feitosa de Souza, PM aposentado Adauto Chaves da Cruz Gouveia Filho, soldado Patrese Pinto e Silva e contra Emmanoel Feliciano Ribeiro. Eles foram conduzidos à sede da PF para prestar esclarecimentos e depois foram liberados.
Outros quatro policiais militares, no entanto, foram presos por força de prisão temporária e, após depoimento, serão levados para o Batalhão da Cavalaria, onde ficarão detidos. São eles: o tenente coronel Laurinaldo Félix do Nascimento, o tenente coronel Fábio Rosendo de Alcântara (secretario executivo defesa civil em 2010), o coronel Roberto Gomes de Melo Filho (coordenador da Operação Reconstrução de 2010) e o tenente coronel aposentado Waldemir José de Araújo.
Empresários
Também foram alvo da operação cinco empresários: Ricardo Padilha, Rogério Fabrício Roque Neiva, Romero Fitipaldi Pontual (da Ceasa) e Antônio Manuel Andrade Júnior. Ricardo José de Padilha Carício e a esposa foram conduzidos de casa, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, em uma viatura da PF, para a sede da corporação, na Avenida Cais do Apolo. Os dois não quiseram falar com a imprensa. Esta não é a primeira vez que Padilha é detido pela PF. No dia 29 de setembro deste ano, o empresário foi detido em uma casa no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, durante a terceira fase da “Operação Mata Norte”. Ele é dono de uma das empresas investigadas por desvios de verbas públicas da merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, Zona da Mata de Pernambuco.
Em nota, os advogados do empresário Romero Pontual informaram que não houve nenhuma determinação judicial de prisão contra ele, mas uma busca e apreensão de documentos em sua residência. "Ele já prestou depoimento perante a Polícia Federal.Em seu depoimento, esclareceu todos os atos administrativos praticados, bem como sua retidão e regularidade.Maiores esclarecimentos serão prestados quando a defesa tiver acesso à cópia integral do inquérito policial em andamento", diz o documento.
Esquema
Durante entrevista coletiva, o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, Renato Madsen, pontuou que o governo federal encaminhou à Casa Militar mais de R$ 450 milhões nos anos de 2010 e 2017 e que parte desses recursos foram desviados por meio de esquema entre empresários e integrantes da Casa Militar, mas não há como mensurar o tamanho do prejuízo aos cofres públicos. "É um grupo de empresas que tinham correlação e atuação em várias cidades. A operação não investigou obras, mas o apoio aos serviços e a hipótese é de que era simulada a compra de algo que já se tinha, muitas vezes fruto de doações. Até o momento não há envolviento de políticos, mas de agentes públicos. Analisamos os contratos celebrados entre o governo do estado e as empresas beneficiadas. A gente analisa fatos, contratos, desvios, se é em um órgão ou no outro, para nós é indiferente. Em alguns casos, o faturamento era de 20% a 30% em cada um dos ítens, o momento é de quantificar. Vamos comparar ouvidas com as buscas, dados bancários e o desvio com favorecimento de algumas empresas. No dia de hoje, na medida em que houve teve a deflagração da operação, os órgãos públicos foram acionados formalmante e estão colaborando. A operação não é contra as pessoas, mas para apurar os fatos. A maioria dos envolvidos é de servidores públicos, mas também empresários", acrescentou Madsen.
Investigação
A Polícia Federal investiga 15 processos licitatórios, entre esses 12 relacionados à Operação Reconstrução (2010) e três relativos à Operação Prontidão (2017), de ajuda às vítimas das enchentes na Mata Sul do estado. O caso começou a ser investigado a partir de uma denúncia pública à Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de desvio de dinheiro no seguimento das duas operações. Na denúncia constavam os nomes de três empresários.
Via Blog do Brito
São Lourenço da Mata
Notícias da Prefeitura
Abastecimento de água é normalizado em Lages
Prefeitura normalizou, nesta quinta-feira (9), o abastecimento de água potável no distrito rural de Lages. O serviço, realizado na última quarta-feira (8), pela equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura, consistiu na troca do registro principal da Estação de Tratamento de Água (ETA), na Vila Diana, responsável pela distribuição na localidade.
Alexandro José, subprefeito de Lages, destacou o empenho da Prefeitura para resolver a falta de água que afetava os moradores. “A Secretaria de Infraestrutura se mobilizou, criando um mutirão, para promover o reabastecimento e a distribuição de água potável, visando o bem-estar dos moradores da região”, enfatizou Alexandro.
Como trabalhador rural, Fernando Ferreira, morador do distrito, ressaltou a necessidade da volta da água nas torneiras. “É muito bom! Agora posso voltar a trabalhar bem, já que dependo da água para as minhas plantações”, disse o morador.
Calendário de distribuição em Lages
Quinta-Feira (9)
Juventino Ferreira de Lima das 6h às 8h da manhã
Lot. Pedro Rufino das 8h às 9h30
Sexta-Feira (10)
Rua Maurício de Nassau das 6h às 8h
Lot. Jardim de Lages das 8h às 10h
Generalidades em Ação - Projeto aprovado na Câmara e benéfico à população aguarda planejamentos
Arinaldo Rodrigues e Fausto Neto falam a respeito da Emenda Impositiva, aprovada desde junho deste ano, e que se bem aplicada, fará com que haja eficiência, independência e direcionamento à saúde e outras áreas, estas orientadas pelos vereadores.
Com a Lei de Diretrizes Orçamentárias a ser organizada e votada até o dia 5 de dezembro, levantar, preparar e apontar emendas precisas será o desafio à Casa.
A Emenda Impositiva não necessita de aprovação do Executivo, estando bem amparada na aplicação desta.
Contatos nas redes
Taiguara Fernandes
OLAVO DE CARVALHO, O DESPERCEBIDO
O vídeo de Rui Costa Pimenta falando sobre Olavo de Carvalho merece alguns comentários, por ser representativo de como a esquerda – mesmo em seu setor stalinista clássico, como é o caso do Partido da Causa Operária – não está compreendendo absolutamente nada do que está acontecendo no Brasil e permanece a utilizar categorias inúteis para suas observações e distinções sobre o real, caindo – novamente – na visão ideologizada e no espírito de torcida, mesmo quando tenta não fazê-lo.
Esse parece ser o caso do próprio Rui Costa Pimenta, que admite, em seu comentário, não entender muito bem quem é Olavo de Carvalho nos acontecimentos recentes (“o papel do Olavo de Carvalho pra mim não é muito claro”, afirma), apesar de possuir uma ligeira impressão de que o Professor é mais uma “influência política” do que uma “organização”. Olavo comentou essas palavras aqui: https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10155773777462192
Mas a ligeiramente acertada impressão de Rui Costa Pimenta, com a sincera admissão da própria confusão, termina por aqui. Impossibilitado de ir além na análise, por faltarem-lhe as categorias necessárias para isso, o comunista define as causas de sua confusão sobre Olavo de Carvalho:
1) ele é uma pessoa que não tem uma “política clara”;
2) ele se confrontou com “vários setores da direita” e parece que não gosta do MBL;
Dessas duas causas, Rui Costa Pimenta conclui que Olavo – em meio à indigência da direita – tornou-se um “líder improvisado” e utiliza, como analogia para explicá-lo, um outro fenômeno igualmente incompreendido pela esquerda: Jair Bolsonaro.
Ao enunciar as raízes de sua confusão na ausência de uma “política clara” em Olavo, que o levou a confrontos com “vários setores da direita”, inclusive o MBL (visto pela esquerda essencialmente como o grupo de ação política a favor do “golpe”), Rui Costa Pimenta volta atrás na própria intuição primitiva que tivera – de que Olavo é mais uma influência do que uma organização – e passa a analisá-lo exatamente segundo a falta de caracteres de um agente político organizado, com cânones definidos de práxis política, orientador dos seus liderados.
Mas Olavo – é o que ele não entende – não parece ter esses cânones muito claros, nem parece querer dirigir movimento algum, tanto que se desentende com vários deles, inclusive aquele que, na visão míope da esquerda, é o principal responsável pelo “golpe”.
Quando a fresta da janela se abriu e Rui Costa Pimenta poderia ter ido mais além, preferiu voltar atrás, por completa incapacidade conceitual de definir o que tinha à frente, reduzindo Olavo ao único esquema mental que os comunistas são capazes de compreender: o esquema da práxis política. Olavo seria um “líder improvisado” – ele não teria condições de liderar um movimento, por faltar-lhe uma política clara e o ímpeto unificante dos seus setores, estando ali apenas pela falta de qualquer outro.
A única comparação que ele consegue fazer, no momento, é com Jair Messias Bolsonaro, que é realmente um político, ainda que fora do establishment. É outro fenômeno que eles não compreendem. Para Rui Costa Pimenta, Bolsonaro atrai as pessoas que pensam que devem “resolver tudo na porrada”. A única crítica que ele faz, nesse momento, não parece ser à porrada em si mesma, mas à “falta de discernimento sobre a política” correta para implementá-la – um stalinista, evidentemente, não poderia impugnar porrada alguma.
Mais uma vez, o comunista teve uma impressão ligeiramente mais acertada que o establishment nacional, o qual ainda pensa que o “voto de direita” brasileiro tem conteúdo econômico, liberal, e não está fundamentado em valores fundantes, como a defesa da própria vida, da família e da propriedade.
Seja como for, Rui Costa Pimenta é a melhor confissão da incompreensão completa e acabrunhadora que acomete a esquerda nesse momento. Mesmo tendo as intuições ligeiramente corretas, faltam-lhe as categorias para ir além.
O resultado é a redução de tudo à 11ª tese de Karl Marx sobre Feuerbach, comentada no capítulo VI de “O Jardim das Aflições”, livro do próprio Olavo de Carvalho: “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.”
Se Olavo busca o conhecimento do Real e a sua interpretação, então é apenas um “líder improvisado”, que não possui uma “política clara” para transformar o mundo, como propugna Karl Marx – ele não tem uma “práxis”:
“[...] já não há lugar para o recuo teorético que fundamenta a noção mesma de verdade objetiva. O desejo, o ímpeto, a ambição — da alma individual ou das massas revolucionárias — torna-se o fundamento único de uma cosmovisão onde a teoria já não serve senão para estimular retoricamente a ação prática ou para, uma vez realizada a ação, legitimar como satisfatório o que quer que tenha dela resultado na prática.” (Olavo de Carvalho, “O Jardim das Aflições”: http://www.olavodecarvalho.org/o-jardim-das-aflicoes-epicur…).
Uma personagem ainda inconcebível para a “mens” esquerdista é o filósofo que não tem outro objetivo na vida se não ser amigo da Sabedoria.
Enquanto isso, como admite o próprio Rui Costa Pimenta, tentando fazer parecer uma intenção deliberada o que é apenas incapacidade dos observadores, Olavo de Carvalho e tudo a que ele abriu a porteira “passou despercebido”.
Pernambuco
Confira os nomes dos alvos da Operação da PF em Pernambuco
Em entrevista coletiva concedida no final da manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal detalhou a Operação Torrentes, deflagrada desde as primeiras horas do dia para desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. Ao todo 70 mandados judiciais estão sendo cumpridos no estado, sendo 15 de prisões temporárias, 19 de conduções coercitivas e 36 de busca e apreensão. A ação tem como alvos o Palácio Campo das Princesas (sede do governo do estado), o prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, além de imóveis nos bairros da Torre, Graças e Beberibe - todos do Recife - e de Casa Caiada, em Olinda.
Foram cumpridos dois mandados de condução coercitiva contra militares, inclusive da alta cúpula da corporação: ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Carlos D’Albuquerque, o coronel Mário Cavalvanti, coronel Jair Carneiro Leão, capitão Rolney Feitosa de Souza, PM aposentado Adauto Chaves da Cruz Gouveia Filho, soldado Patrese Pinto e Silva e contra Emmanoel Feliciano Ribeiro. Eles foram conduzidos à sede da PF para prestar esclarecimentos e depois foram liberados.
Outros quatro policiais militares, no entanto, foram presos por força de prisão temporária e, após depoimento, serão levados para o Batalhão da Cavalaria, onde ficarão detidos. São eles: o tenente coronel Laurinaldo Félix do Nascimento, o tenente coronel Fábio Rosendo de Alcântara (secretario executivo defesa civil em 2010), o coronel Roberto Gomes de Melo Filho (coordenador da Operação Reconstrução de 2010) e o tenente coronel aposentado Waldemir José de Araújo.
Empresários
Também foram alvo da operação cinco empresários: Ricardo Padilha, Rogério Fabrício Roque Neiva, Romero Fitipaldi Pontual (da Ceasa) e Antônio Manuel Andrade Júnior. Ricardo José de Padilha Carício e a esposa foram conduzidos de casa, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, em uma viatura da PF, para a sede da corporação, na Avenida Cais do Apolo. Os dois não quiseram falar com a imprensa. Esta não é a primeira vez que Padilha é detido pela PF. No dia 29 de setembro deste ano, o empresário foi detido em uma casa no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, durante a terceira fase da “Operação Mata Norte”. Ele é dono de uma das empresas investigadas por desvios de verbas públicas da merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, Zona da Mata de Pernambuco.
Em nota, os advogados do empresário Romero Pontual informaram que não houve nenhuma determinação judicial de prisão contra ele, mas uma busca e apreensão de documentos em sua residência. "Ele já prestou depoimento perante a Polícia Federal.Em seu depoimento, esclareceu todos os atos administrativos praticados, bem como sua retidão e regularidade.Maiores esclarecimentos serão prestados quando a defesa tiver acesso à cópia integral do inquérito policial em andamento", diz o documento.
Esquema
Durante entrevista coletiva, o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, Renato Madsen, pontuou que o governo federal encaminhou à Casa Militar mais de R$ 450 milhões nos anos de 2010 e 2017 e que parte desses recursos foram desviados por meio de esquema entre empresários e integrantes da Casa Militar, mas não há como mensurar o tamanho do prejuízo aos cofres públicos. "É um grupo de empresas que tinham correlação e atuação em várias cidades. A operação não investigou obras, mas o apoio aos serviços e a hipótese é de que era simulada a compra de algo que já se tinha, muitas vezes fruto de doações. Até o momento não há envolviento de políticos, mas de agentes públicos. Analisamos os contratos celebrados entre o governo do estado e as empresas beneficiadas. A gente analisa fatos, contratos, desvios, se é em um órgão ou no outro, para nós é indiferente. Em alguns casos, o faturamento era de 20% a 30% em cada um dos ítens, o momento é de quantificar. Vamos comparar ouvidas com as buscas, dados bancários e o desvio com favorecimento de algumas empresas. No dia de hoje, na medida em que houve teve a deflagração da operação, os órgãos públicos foram acionados formalmante e estão colaborando. A operação não é contra as pessoas, mas para apurar os fatos. A maioria dos envolvidos é de servidores públicos, mas também empresários", acrescentou Madsen.
Investigação
A Polícia Federal investiga 15 processos licitatórios, entre esses 12 relacionados à Operação Reconstrução (2010) e três relativos à Operação Prontidão (2017), de ajuda às vítimas das enchentes na Mata Sul do estado. O caso começou a ser investigado a partir de uma denúncia pública à Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de desvio de dinheiro no seguimento das duas operações. Na denúncia constavam os nomes de três empresários.
Via Blog do Brito
São Lourenço da Mata
Notícias da Prefeitura
Abastecimento de água é normalizado em Lages
Prefeitura normalizou, nesta quinta-feira (9), o abastecimento de água potável no distrito rural de Lages. O serviço, realizado na última quarta-feira (8), pela equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura, consistiu na troca do registro principal da Estação de Tratamento de Água (ETA), na Vila Diana, responsável pela distribuição na localidade.
Alexandro José, subprefeito de Lages, destacou o empenho da Prefeitura para resolver a falta de água que afetava os moradores. “A Secretaria de Infraestrutura se mobilizou, criando um mutirão, para promover o reabastecimento e a distribuição de água potável, visando o bem-estar dos moradores da região”, enfatizou Alexandro.
Como trabalhador rural, Fernando Ferreira, morador do distrito, ressaltou a necessidade da volta da água nas torneiras. “É muito bom! Agora posso voltar a trabalhar bem, já que dependo da água para as minhas plantações”, disse o morador.
Calendário de distribuição em Lages
Quinta-Feira (9)
Juventino Ferreira de Lima das 6h às 8h da manhã
Lot. Pedro Rufino das 8h às 9h30
Sexta-Feira (10)
Rua Maurício de Nassau das 6h às 8h
Lot. Jardim de Lages das 8h às 10h
Generalidades em Ação - Projeto aprovado na Câmara e benéfico à população aguarda planejamentos
Arinaldo Rodrigues e Fausto Neto falam a respeito da Emenda Impositiva, aprovada desde junho deste ano, e que se bem aplicada, fará com que haja eficiência, independência e direcionamento à saúde e outras áreas, estas orientadas pelos vereadores.
Com a Lei de Diretrizes Orçamentárias a ser organizada e votada até o dia 5 de dezembro, levantar, preparar e apontar emendas precisas será o desafio à Casa.
A Emenda Impositiva não necessita de aprovação do Executivo, estando bem amparada na aplicação desta.
Contatos nas redes
Taiguara Fernandes
OLAVO DE CARVALHO, O DESPERCEBIDO
O vídeo de Rui Costa Pimenta falando sobre Olavo de Carvalho merece alguns comentários, por ser representativo de como a esquerda – mesmo em seu setor stalinista clássico, como é o caso do Partido da Causa Operária – não está compreendendo absolutamente nada do que está acontecendo no Brasil e permanece a utilizar categorias inúteis para suas observações e distinções sobre o real, caindo – novamente – na visão ideologizada e no espírito de torcida, mesmo quando tenta não fazê-lo.
Esse parece ser o caso do próprio Rui Costa Pimenta, que admite, em seu comentário, não entender muito bem quem é Olavo de Carvalho nos acontecimentos recentes (“o papel do Olavo de Carvalho pra mim não é muito claro”, afirma), apesar de possuir uma ligeira impressão de que o Professor é mais uma “influência política” do que uma “organização”. Olavo comentou essas palavras aqui: https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10155773777462192
Mas a ligeiramente acertada impressão de Rui Costa Pimenta, com a sincera admissão da própria confusão, termina por aqui. Impossibilitado de ir além na análise, por faltarem-lhe as categorias necessárias para isso, o comunista define as causas de sua confusão sobre Olavo de Carvalho:
1) ele é uma pessoa que não tem uma “política clara”;
2) ele se confrontou com “vários setores da direita” e parece que não gosta do MBL;
Dessas duas causas, Rui Costa Pimenta conclui que Olavo – em meio à indigência da direita – tornou-se um “líder improvisado” e utiliza, como analogia para explicá-lo, um outro fenômeno igualmente incompreendido pela esquerda: Jair Bolsonaro.
Ao enunciar as raízes de sua confusão na ausência de uma “política clara” em Olavo, que o levou a confrontos com “vários setores da direita”, inclusive o MBL (visto pela esquerda essencialmente como o grupo de ação política a favor do “golpe”), Rui Costa Pimenta volta atrás na própria intuição primitiva que tivera – de que Olavo é mais uma influência do que uma organização – e passa a analisá-lo exatamente segundo a falta de caracteres de um agente político organizado, com cânones definidos de práxis política, orientador dos seus liderados.
Mas Olavo – é o que ele não entende – não parece ter esses cânones muito claros, nem parece querer dirigir movimento algum, tanto que se desentende com vários deles, inclusive aquele que, na visão míope da esquerda, é o principal responsável pelo “golpe”.
Quando a fresta da janela se abriu e Rui Costa Pimenta poderia ter ido mais além, preferiu voltar atrás, por completa incapacidade conceitual de definir o que tinha à frente, reduzindo Olavo ao único esquema mental que os comunistas são capazes de compreender: o esquema da práxis política. Olavo seria um “líder improvisado” – ele não teria condições de liderar um movimento, por faltar-lhe uma política clara e o ímpeto unificante dos seus setores, estando ali apenas pela falta de qualquer outro.
A única comparação que ele consegue fazer, no momento, é com Jair Messias Bolsonaro, que é realmente um político, ainda que fora do establishment. É outro fenômeno que eles não compreendem. Para Rui Costa Pimenta, Bolsonaro atrai as pessoas que pensam que devem “resolver tudo na porrada”. A única crítica que ele faz, nesse momento, não parece ser à porrada em si mesma, mas à “falta de discernimento sobre a política” correta para implementá-la – um stalinista, evidentemente, não poderia impugnar porrada alguma.
Mais uma vez, o comunista teve uma impressão ligeiramente mais acertada que o establishment nacional, o qual ainda pensa que o “voto de direita” brasileiro tem conteúdo econômico, liberal, e não está fundamentado em valores fundantes, como a defesa da própria vida, da família e da propriedade.
Seja como for, Rui Costa Pimenta é a melhor confissão da incompreensão completa e acabrunhadora que acomete a esquerda nesse momento. Mesmo tendo as intuições ligeiramente corretas, faltam-lhe as categorias para ir além.
O resultado é a redução de tudo à 11ª tese de Karl Marx sobre Feuerbach, comentada no capítulo VI de “O Jardim das Aflições”, livro do próprio Olavo de Carvalho: “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.”
Se Olavo busca o conhecimento do Real e a sua interpretação, então é apenas um “líder improvisado”, que não possui uma “política clara” para transformar o mundo, como propugna Karl Marx – ele não tem uma “práxis”:
“[...] já não há lugar para o recuo teorético que fundamenta a noção mesma de verdade objetiva. O desejo, o ímpeto, a ambição — da alma individual ou das massas revolucionárias — torna-se o fundamento único de uma cosmovisão onde a teoria já não serve senão para estimular retoricamente a ação prática ou para, uma vez realizada a ação, legitimar como satisfatório o que quer que tenha dela resultado na prática.” (Olavo de Carvalho, “O Jardim das Aflições”: http://www.olavodecarvalho.org/o-jardim-das-aflicoes-epicur…).
Uma personagem ainda inconcebível para a “mens” esquerdista é o filósofo que não tem outro objetivo na vida se não ser amigo da Sabedoria.
Enquanto isso, como admite o próprio Rui Costa Pimenta, tentando fazer parecer uma intenção deliberada o que é apenas incapacidade dos observadores, Olavo de Carvalho e tudo a que ele abriu a porteira “passou despercebido”.
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