O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas encerrou sua primeira e mais longa sessão do ano na sexta-feira adotando cinco resoluções críticas ao comportamento de Israel em relação aos palestinos ou apoiando a longa e infrutífera causa de criação de um Estado.
Outras duas resoluções “específicas de país” focaram a Síria, onde centenas de milhares morreram em uma guerra civil de sete anos. O Sudão do Sul, Mianmar, Irã e Coréia do Norte receberam apenas uma resolução cada um.
Entre as resoluções aprovadas contra Israel estavam aquelas que discutiam “direitos humanos no Golã Sírio Ocupado”, “o direito do povo palestino à autodeterminação”, a “situação dos direitos humanos no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”. “Assentamentos israelenses no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, e no Golã Sírio Ocupado”, e “assegurar responsabilidade e justiça para todas as violações do direito internacional no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.
As resoluções adotadas em Genebra incluem um apelo para aderir à Resolução 2334, que foi aprovada no final de 2016, segundo a qual os assentamentos israelenses são ilegais. A resolução conclamou as nações do mundo a “condenar a expansão dos assentamentos” e “distinguir, em seus negócios relevantes, entre o território do Estado de Israel e os territórios ocupados desde 1967”.
Outra resolução pede a Israel que se abstenha de expandir a construção e a população das colinas de Golan, devido ao fato de ser um território ocupado.
Nove meses atrás, a embaixadora norte-americana Nikki Haley questionou o principal órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), exigindo o fim do que ela disse ser preconceito contra Israel e levantando a perspectiva de uma retirada dos EUA, se não o fizesse.
Na sexta-feira, Haley afirmou que o órgão, com sede em Genebra, reserva apenas duas sessões para debater violações de direitos e abusos – uma para Israel e outra para o resto do mundo.
“Quando o Conselho de Direitos Humanos trata Israel pior que a Coréia do Norte, o Irã e a Síria, é o próprio conselho que é tolo e indigno de seu nome“, disse ela.
Haley disse que é hora de “os países saberem exigir melhores mudanças”, dizendo que muitos concordam que a agenda do conselho “é grosseiramente parcial contra Israel, mas poucos estão dispostos a combatê-la”.
“Quando isso acontece, como aconteceu hoje, o conselho não cumpre seu dever de defender os direitos humanos em todo o mundo“, disse ela.
Haley disse que a administração Trump continua a avaliar sua participação no Conselho de Direitos Humanos.
“Nossa paciência não é ilimitada”, disse ela. “As ações de hoje deixam claro que a organização carece da credibilidade necessária para ser uma verdadeira defensora dos direitos humanos”.
Com informações de Ynet News e imagem de ONU Brasil
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