Não creio que candidaturas conservadoras tenham apoio monetário apropriado, suficiente. O cenário financeiro ainda é de esquerda e a maior parte dos meios disseminadores de ideias é composto por comunistas, socialistas, marxistas, declarados ou disfarçados.
Restam meios independentes de mídia, pequena ou média, grupos de Whatsapp, Telegram, Mewe, Facebook (apesar da perseguição), entre outros. Nestes está o "pulo do gato". Espalhar os nomes dos candidatos, checar se são adeptos do conservadorismo (com o máximo possível de confiabilidade) e reproduzir as ideias, lugares, público. Algo a ser ressaltado - sempre haverá uma, outra divergência, e como o professor Olavo de Carvalho escreveu recentemente, ainda que haja desentendimentos pontuais entre a direita, a roda de debates entre estes está em ascensão. O que não se deve é, por chateação, havendo opção de direita, votar em alguém de esquerda, ora bolas!
Setorização, coordenação, Staff. Grupo que levante, entenda, reúna e interprete as informações sobre os estados, candidatos adversários que estão no poder e /ou que pretendam ascender. Seus números - eleitores, habitantes, idade, grau de escolaridade - para serem apreendidos e cruzados a fim de propaganda voltada a pessoas específicas. Algo amplo e cirúrgico.
Lideranças maiores precisam organizar isso com as menores. Um mapa detalhado do país ou estado (a depender da abrangência do candidato) e o "fatiamento", para contemplar o maior número de deputados conservadores eleitos (nesse caso, pensando especificamente nestes parlamentares). Usarei Pernambuco como exemplo. Sua divisão tradicional, mesorregiões.
Mesorregião | Total de Eleitores |
---|---|
Sertão | 765.869 |
Zona da Mata | 919.434 |
Agreste | 1.686.010 |
Região Metropolitana do Recife | 2.808.215 |
São Francisco | 418.663 |
Total | 6.598.191 |
Sem ser excessivamente otimista, a possibilidade de eleger 1 deputado estadual em cada mesorregião (totalizando 5) até seria possível, em meio aos 49 da Alepe. Para a Câmara Federal, 2 a 4, dos 25 de Pernambuco por lá. O que falta? Responsáveis das maiores agremiações conservadoras conversando via meios eletrônicos (hangout ou Skype, por exemplo) e acertando com demais, em cada mesorregião, massificando os nomes, através das lideranças nas cidades. Torcer por Bolsonaro é certíssimo e prioritário. Planejamento também.
A petição por voto cruzado (seus contatos nas redes sociais precisam saber sua preferência e o porquê dela, pois seu amigo virtual tem outros do estado que você reside e saberão disso). Eu li, para exemplificar, o Coronel Enio Fontenelle já apoiando um pré-candidato por Pernambuco para estar em Brasília. Ora, Enio não é de Pernambuco, mas muitos de seus contatos no Facebook, Youtube são.
Apresentarei algumas referências conservadoras, em vários estados brasileiros. A lista é do blogueiro (eu), opção minha. Embora devesse ser óbvio (no Brasil é preciso explicar, desenhar e explicar o desenho), opte por quem você quiser:
Em Brasília - Bia Kicis;
No Rio de Janeiro - Márcio Labre;
No Paraná - Paulo Eduardo Martins;
Em Minas Gerais - Viviane Diniz;
A lista continuará. Inclusive em Pernambuco (que já existe).
Atualizando, agosto:
Após as convenções, eis alguns nomes em Pernambuco, que já travei conversa:
Federal - Albérison Carlos, Frederico França, Marcelo Torreão.
Estadual - Lupércio Bezerra, Nelson Monteiro, Severo Alves.
A maioria deles está envolvida, inserida em dois grupos conservadores - O Direta Pernambuco e Endireita Pernambuco. Algumas particularidades de ambos: o primeiro parece ter mais adeptos ativos, embora esse número, relacionado à dimensão do Direita, seja menos da metade. Tem mais capilaridade que o segundo, contando com mais diretórios em cidades, mas a manutenção de contato não é feita pessoalmente, de forma majoritária. Esse fato decorre por conta da dificuldade financeira, da logística necessária. O "núcleo duro" é coeso, mas atividades concorrentes (quem tem trabalho, está estudando, aporte à eleição de Bolsonaro, apoios a um, outro candidato a deputado mais próximo, organização de encontros e a própria administração do grupo) desgastam os esforçados rapazes e moças.
O segundo tinha mais proximidade com o candidato que disputaria o senado, Gilson Machado, porém com a retirada que o PRP fez, da candidatura do Coronel Meira a governador de Pernambuco, um braço forte deixou de existir, inviabilizando o Gilson, por conta do palanque. A militância do Endireita, à semelhança do primeiro grupo, é muito ativa nas postagens, conversas, debates; discutem muito os direcionamentos tomados por Bolsonaro e equipe, realizam paralelos nas conversas postas nas redes e os memes são enviados quase à exaustão. Há nortes diários dados pela diretoria, sobre acontecimentos nas notícias.
Então, quando vejo componentes em polvorosa, simpatizantes mais assertivos sobre o engajamento da Direita, é preciso lembrar que esse despertar aconteceu há pouco mais de seis anos, aqui e acolá, sendo mais intenso nos últimos dois anos. Quando não se tem ideia disso, não se dimensiona bem a incipiência de uma direita que não existia, que não trocava ideias e que ainda está entendendo o que é ser conservador.
Também, é preciso pagar tributo ao Olavo de Carvalho. Como há quem tenha "nascido agora" e por conta disso seja limitado cerebral sobre quem sustentou os pilares por décadas, enquanto preparava algumas centenas de alunos (embora eu veja ativamente quase três dezenas), relembrar do sábio é buscar suas proposições estratégicas.
Já sabemos quem são os candidatos da direita à presidente, vice, deputados. Seria importantíssimo que, em Pernambuco, houvesse um elemento aglutinador (é isso! É isso!) e não acredito ser o Julian, escolhido por Bolsonaro para trabalhar a Região Nordeste, o que tem condições para tal. A proximidade deste com os dois grupos é perto de zero, inviabilizando envolvimento necessário que pressupõe MUITA conversa, encontro com bastante periodicidade, entendimento estratégico (o que já coloquei no quarto parágrafo).
Se tivesse tempo e condições, o Eduardo Bolsonaro seria o homem ideal a isso, pois ele conta com um reconhecimento naturalíssimo entre aqueles que digitam e mandam áudios nos grupos.
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